Quem assistiu ao Vídeo Games Live em Lisboa, aproximadamente há 6 anos atrás (como o tempo passa…) saberá exactamente o que esperar desta grande produção. Vídeos, luzes e efeitos especiais sincronizados com a banda sonora de Videojogos, com orquestra sinfónica e músicos solistas caracterizados pela influência em Música de Videojogos. O projecto é gerido por Tommy Tallarico, um dos gurus da área e pioneiro nesta indústria de entretenimento, Músico e compositor que trabalhou em mais de 250 jogos e vencedor de vários prémios para melhor áudio em jogos. E por curiosidade, é primo do Steven Tayler, vocalista dos Aerosmith. Presumo que agora levantaram docemente a sobrancelha e imaginaram Tallarico (ou não) a cantar “Will the circle be Unbrocken” com guitarra eléctrica a acompanhar. Isto porque BioShock está na lista de músicas que deverá incluir o próximo álbum Vídeo Games Live: Level 3, juntamente com Final Fantasy, Skyrim, Diablo, Resident Evil, Metroid, Donkey Kong Country, Shadow of the Colossus, Mass effect, Portal, Tetris, Journey, Monkey Island e tantos outros. A adição de Monkey Island foi confirmada ontem, dia 28 de Agosto, e vai assim trazer música do Rubber Chicken. Ou o mais próximo que temos disso.
Para chegar aos palcos ainda há muito trabalho pela frente, e o primeiro e grande objectivo é gravar em estúdio composições ou arranjos de franchises que nunca foram editados. Para isso, é necessário bastante dinheiro e por forma a ter a qualidade que Vídeo Games Live sempre apresentou, o que muitas editoras discográficas não vêem como um bom investimento ou olham para um investimento arriscado. Pelo menos é isso que refere Tallarico: “Eles [As editoras discográficas] não acreditam no significado cultural artístico da Música de um videojogo e eles não acreditam que as pessoas estão interessadas em ouvir após o jogo estar ultrapassado”.
Depois de Vídeo Games Live, Vol. 1, Vídeo Games Live, Level 2 e após passarem por uma digressão mundial em 47 cidades, Tallarico quer voltar com um novo e aprimorado trabalho difícil de não arrepiar. É necessário 250 mil dólares para remunerar desde os músicos aos técnicos e à produção, mas pode ser um investimento de todos e que depois terão direito a uma cópia do CD e Blu-Ray, packs especiais com partituras assinadas pelos compositores, merchandise, ou até organizar um segmento do próprio espectáculo e apresentá-lo em Palco.
Tallarico afirma que não servirá para fazer dinheiro, mas para fazer este projecto acontecer. Será possivelmente necessário mais dinheiro que o pedido no Kickstarter para conseguir gravar o album na totalidade até ao processo de publishing, merchadising, publicidade, e outros meios para o produto chegar aos quatro cantos do mundo. Mas depois vem os espectáculos para compensar, muito, e a gravação deste álbum será o ponto de partida para isso.
The Show must go on!