A Hyperkin é uma empresa conhecida por produzir consolas que não só emulam os equipamentos clássicos de outrora, como permitem correr diferentes cartuchos numa só máquina. Mas a mais recente edição da RetroN abusa da sorte. A RetroN 5 permite correr jogos de 10 consolas diferentes, apesar de alguns deles serem da mesma geração, mas de regiões diferentes.

Genesis, Megadrive e Master System da Sega. NES, SNES, Famicom, Super Famicom e 3 gerações de cartuchos Gameboy (GB, GBC e GBA), do lado da Nintendo. A consola poupa os jogadores retro da árdua tarefa de ligar e desligar consolas, passar cabos, trocar comandos, arredar móveis e ainda fazer um esforço final para não deixar tudo de pantanas por falta de paciência para arrumar. Pelo menos para os que sofrem de falta de espaço e demasiada consola e respectivos periféricos, a RetroN 5 pode muito bem ser a tábua de salvação de mais uma discussão com os vossos ou vossas caras metade, pelo estado caótico como fica a sala ou escritório depois de uma sessão de jogatana retro.

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E oiço alguns de voz pensar “é para isso que servem os emuladores de PC”. Mas não é a mesma coisa pois não? A imagem não igual, o som não é de perto nem de longe fidedigno e a experiência, acreditem, fica a anos-luz de jogar com a velha carcaça de cartuchos que tantas alegrias deu e continua felizmente a dar.

E oiço outros a dizer “mas uma consola réplica não é mesma coisa”. Verdade, que a qualidade não é a mesma, com habituais falhas principlamente ao nível do som e da qualidade dos comandos que vêm com este tipo de consolas, sendo que costuma ser possível usar os comandos originais. Este tipo de produtos não substitui de maneira nenhuma as consolas originais, mas acaba por ser um meio termo simpático entre a experiência real da consola e a sessão de jogo nostálgica com um emulador. Permite pelos menos, poupar espaço e usar os cartuchos originais.

É também uma alternativa de algum investimento. A Hyperkin RetroN 5 será lançada a 10 de Dezembro a um preço de cerca de €90. Com a nova geração de consolas à porta, surge também uma hipótese renovada de dar uso aos velhos cartuchos e também de jogar alguns títulos exclusivos da região americana e principalmente japonesa.

E em termos de investimento, não é assim tão difícil largar €400 por um lote variado de cartuchos para várias consolas vintage, em vez de comprar, por exemplo, uma Playstation 4. Dá um bocadinho mais trabalho, mas o dinheiro vai-se na mesma.

A nova geração, agora com menos frames por segundo e sem polígonos. A emoção continua lá.

Hyperkin RetroN 5