3 dias, 3 reflexões sobre a Nintendo

Admito já a cedência ao populismo. Admito que acabei de utilizar um dos 3 Calcanhares de Aquiles do Português para chamar à atenção deste artigo. “Futebol”, “Sexo” ou “Casa dos Segredos” (e qualquer uma das variantes: “Badalhoca”, “Labrego”, “Bimbo”, “Burro”) é a sagrada tríade de Desperta-Atenções, em especial nas redes sociais. Por muito que o título só por si soe estranho, há uma série de analogias e comparações que são passíveis (através de uma ligeiríssima extrapolação)  de serem feitas entre a 3DS e o Sporting. A génese desta reflexão surgiu com o artigo do Miguel Nogueira, em que ele reconhecia a portátil da Nintendo como “(…) Alvo de chacota de grande parte dos gamers, principalmente depois de um primeiro ano de vendas terríveis (…) o que serve como luva à temporada passada do Clube de Alvalade.

Se a estranheza de ler um redactor de um site de videojogos a falar de futebol pode ser equiparado à eventual melodia de ouvir o mítico Gabriel Alves a tecer considerações sobre o panorama indie do mercado internacional em analogia com as estrelas em ascensão das recém-subidas equipas pequenas à Primeira Liga, então que se aceite essa situação e compreendamos as razões que me levam a afirmar: a 3DS é o Sporting das consolas.

(É claro que parte do sentido deste artigo se prendia com o facto de que à data o Sporting era o primeiro classificado na Primeira Liga, mas ainda assim, parte das comparações permanecem.)

Durante algum tempo, ser detentor de uma 3DS trazia-nos o mesmo tipo de reacções de nos identificarmos como sendo sportinguistas. Entre risos trocistas e olhares desdenhosos, havia sempre um sentimento de inferiorização que pairava sobre qualquer um dos casos. Mas há uma série de características que unem 2 conceitos tão diferentes, por um lado o Sporting Clube de Portugal, e por outro, a 3DS da Nintendo. Convenhamos, não é propriamente uma série, são apenas três as características que os unem.

1. O fatalismo que se abate sobre si. Não foram poucas as vezes que a morte anunciada do Sporting, seja pelos fracos resultados desportivos (em especial da última época) ou da pouca capacidade de gerar dinheiro, preconizando o fim do futebol profissional. A Nintendo teve em diversas fases da sua história esta aura negra sobre si, em especial quando os resultados dos primeiros anos das suas consolas não se revelaram financeiramente tão positivos como o previsto.

2. Emergir de panoramas menos positivos. A História vai-nos marcando e impedindo-nos de esquecer os períodos menos bons da nossa vida e da de qualquer entidade. O do Sporting, é certo e sabido que foi o período de 2012/2013, onde atingiu os piores resultados desportivos no futebol profissional da sua (já longa História) o que permitiu que a sombra falada no ponto anterior pairasse. O primeiro ano da 3DS anunciava uma vida curta e uma má aposta da Nintendo, onde o catálogo escasso e o preço inicial impediram que as vendas fossem relevantes perante o investimento de desenvolvimento da companhia. Mas tanto o Sporting como a 3DS conseguiram voltar para a mó de cima e terminar com os fatalismos que recaíram sobre si, e inclusivamente, dentro das suas áreas respectivas, receber alguns elogios pelo seu desempenho. Muita graças ao facto de que em ambas as situações este regresso “à ribalta” deve-se à

3. Utilização da “prata da casa”.  No caso do Sporting é a utilização dos seus jogadores de formação “caseira”. Com a falta de capital para investir na aquisição de jogadores, o Sporting teve de se justificar o porquê de ser considerada uma das melhores formações de jogadores de futebol profissionais do Mundo e construir uma equipa com jogadores das camadas mais jovens que têm vindo a surpreender com os bons resultados e com o Sporting a competir pelo lugar cimeiro do campeonato.

A 3DS, pelo aparente desinteresse que terceiros têm demonstrado nos últimos anos em produzir para as plataformas da Nintendo, teve de construir o seu catálogo com os seus próprios IPs e/ou com exclusivos que remontam a alguns anos de parceria com a Nintendo. O resultado percebeu-se em 2013, que pela solidez de catálogo apresentado, a colocou, na minha opinião, como a grande consola do ano transacto. E muito se deve aos seguintes jogos de 2013 que o Rubber Chicken foi analisando:

Fire Emblem Awakening

FireEmblemAwakening

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Phoenix Wright: Dual Destinies

PhoenixWright5b

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mario & Luigi: Dream Team Bros

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Pokémon X & Pokémon Y E3 2013

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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bravely capa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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zelda capa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Animal Crossing: New Leaf

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