Tomb Raider é um dos jogos mais deslumbrantes da anterior geração de consolas, que graficamente elevou o patamar ao demonstrar que a capacidade das consolas Xbox 360, PlayStation 3 e dos PC podia ir um pouco mais além. Não só pelo visual em si, mas também pela pormenorização dos elementos que rodeiam Lara Croft desde a gaivota na praia à gigantesca favela, desde as pinturas rupestres ao pó que cai nas cavernas iluminadas pela tocha.

A Lara que conhecemos é outra. É uma heroína que se desenvolve ao longo da estória, que vai perdendo insegurança até manusear as armas de fogo e o seu arco e flecha, e começando a matar por sua defesa. A acção passa por momentos que se assemelham às de Nathan Drake, com uma tensão emocional forte. Mas ao contrário de Nathan Drake, a Lara ganha cicatrizes, fica ferida dos combates e das balas que roçam a pele ou das muitas caídas em terra e pedra. É uma Lara que se aleija e que sangra.

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Não é intuito escrever uma análise de Tomb Raider, porque já o fizemos aqui no Rubber Chicken e podem ler aqui. O intuito é entender o que Tomb Raider: Definitive Edition trouxe de novo para a nova geração de consolas: a Xbox One e a PS4. A experiência vai um pouco mais além a correr a 60 frames por segundo na PS4 e a 30fps na Xbox One, embora a diferença pouco se nota. Mas percebemos a diferença entre nova geração e geração anterior pela profundidade dos ambientes, pelos cabelos, ou pelas cicatrizes que Lara vai acumulando durante a jornada. A iluminação nas tumbas reflectem melhor as paredes de uma pedra antiga e o enorme cemitério de navios à beira-mar é ainda mais perfeito.

Embora a aventura seja a mesma, entende-se que a Cristal Dynamics juntamente com a United Front Games e a Nixxes reuniram forças para trazer uma experiência não nova, mas renovada. “Obsessivo detalhe e nova tecnologia” é o que podemos contar com esta Definitive Edition. Por outro lado, é certamente uma estratégia para relembrar a existência desta Lara Croft aos mais distraídos, ou fazer chegar aos que já se habituaram aos gráficos a correrem a 1080P e a 60fps, e que agora não querem outra coisa.

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Para além da melhoria de gráficos, a Definitive Edition reúne todos os DLC’s mais a arte em formato digital: comic book “Tomb Raider: The Beginning” e art book “Tomb Raider: The Art of Survival”. Dos DLC’s podemos contar com o pack de missões “The Tomb of the Lost Adventurer”; 8 mapas multiplayer; 6 armas multiplayer; 4 personagens multiplayer e 6 roupas para a Lara.

A Definitive Edition pode ser aquele jogo na lista do “imprescindível adquirir”, especialmente se não jogaram a primeira volta. A Lara está mais bonita que nunca, os seus cabelos ondulam melhor pelo vento e as suas cicatrizes demonstram melhor os perigos que ultrapassa. Se a Lara Croft já se mostrava outra Lara, desta vez podemos dizer que é uma Lara do futuro.

 

Tomb Raider: Definitive Edition está disponível para PlayStation 4 e proximamente para Xbox One.