Tendo a honra de “abrir as hostilidades” pela primeira vez no Rubber Chicken como pinto mais novo, parece-me bem e pertinente falar do romance do aclamado escritor Leon Tolstoi, “Guerra e Paz”.
Estou só a brincar (por enquanto).
“Listen to my story, this may be our last chance…”
Apoiando-me numa das frases mais icónicas da história dos videojogos, proponho um pequeno exercício ao leitor, imaginemos uma outra época, circa 1996 por exemplo, para um jogador de pc. Já está? Muito bem, agora vejamos que alguns dos meus jogos preferidos de sempre saíram nesse ano, tais como Duke Nukem 3D, Command & Conquer: Red Alert e o fantástico Diablo… Sendo, cada um na sua categoria, usado como fasquia para todos os jogos do género criados a partir dali, é fácil perceber o porquê de o pequeno João se sentir fascinado com esta coisa nova de jogar jogos no computador.
Até então, jogava maioritariamente na minha Mega Drive e no Gameboy… Demorando anos até ter a próxima consola, uma Playstation, que, coitada, morreu de exaustão, tendo depois honras de funeral de Estado com coroas de flores e tudo.
De qualquer forma, recordo-me do meu primeiro contacto com a vertente moderna dos JRPGs com o jogo Final Fantasy VII, cuja história e envolvência me deixaram completamente fascinado, especialmente pelo vilão Sephiroth, cujo nickname adoptei durante a minha fase mais misantrópica nos tempos do mIRC e MSN Messenger.
Depois, confesso que não me senti sobremaneira excitado com Final Fantasy VIII, dedicando depois muito mais do meu tempo ao Final Fantasy X, que receberá agora um lifting facial com o lançamento de Final Fantasy X/X-2 HD Remaster… Há algum tempo que a Square Enix decide apostar na “LiliCanecização” dos seus RPGs mais antigos, certamente, porque os seus mais recentes títulos originais não gozaram da melhor das aceitações por parte do público.
Não obstante, é com muita expectativa que aguardamos pela versão “limpinha” deste título. Só espero é ter um carregamento suficientemente grande de Kleenexe’s e anti-depressivos para aguentar os tsunamis de nostalgia.
Se o leitor nunca jogou nenhum destes títulos, parece-me boa ideia começar por aqui, pois pese embora o Protagonista Tidus se assemelhar bastante a Meg Ryan (ainda a recordo com carinho), garanto-lhe que existem momentos narrativos absolutamente geniais! Menos a parte do Blitzball, por favor afaste-se do Blitzball, a não ser que seja masoquista… Se for esse o caso então largue os jogos e vá ao psiquiatra.
Falando em Blitzball, começamos na pele do jogador estrela de Blitzball dos “Zanarkand Abes”, Meg Ry….quer dizer, Tidus e seus companheiros, ao longo da sua aventura para destruir Sin, que é uma espécie de baleia de bossa gigante misturada com o Falcor da História Interminável. Sendo quase megalómano em termos de história, é preciso ter cuidado para evitar spoilers, de qualquer maneira, poderei dizer que a narrativa começa de uma forma um pouco “Tarantinesca”, já que começa no meio da história. Confuso? É um bocadinho, mas no contexto geral acaba por fazer sentido. Adoraria falar-lhe nos vilões, mas tem muito mais piada descobrir por si próprio. Até porque hoje em dia “vilão” não quer dizer necessariamente que se seja o mau da fita.
Final Fantasy X, foi o primeiro jogo da Square Enix (na altura ainda Square) a adoptar o sistema de combate condicional por turnos, que passaria então a ser o paradigma de muitos Final Fantasy desde então, bem como a infâme Grelha de Esferas como sistema de evolução de níveis. Pode também dizer-se que é compreensível o porquê de se juntar os dois jogos em sequência no mesmo disco, pois se FF X é uma aventura épica de proporções megalómanas, FF X-2 é uma aventura para meninas, com elenco de personagens jogáveis totalmente feminino e composto pelas (opinião puramente pessoal) personagens mais aborrecidas e irritantes de FF X, como é o caso de Yuna e Rikku. De qualquer maneira, se gostar de Quick Time Events sobre animais de estimação e cantigas do mais comum J-Pop que possa imaginar, então tenho boas notícias, FF X-2 é para si!
Já que a Square Enix decidiu fazer um HD remaster de FF X/X-2, parece-me óbvio qual o próximo passo lógico a dar… Tornar tudo num filme, certo?
Uma quantidade significativa de empenho foi colocado nesta remasterização, tanto mais que é das primeiras coisas que notamos assim que inserimos o disco na consola. Texturas refinadas, polígonos menos poligonais e aquela banda sonora que tantas memórias nos trará, certamente. Sendo assim, mais HD que isto, só precisamente uma longa-metragem com actores reais.
Então, aqui ficam as minhas sugestões para um casting perfeito:
Jennifer Lawrence como Rikku:
Porque ela me irrita e como tal parece-me a escolha apropriada.
Liam Neeson como Auron:
Porque tem uma série de aptidões muito particulares, que fazem dele a escolha perfeita
Jack Black como Kimahri Ronso:
Porque são ambos muito fofos
Jared Leto como Yuna:
Porque gostei do Clube de Combate
Johnny Depp como Seymour:
Porque sempre sonhei ver o Johnny Depp com cabelo em forma de chifres. e acho que depois do Tonto só pode ser a subir.
Meg Ryan como Tidus:
É preciso explicar?
Concluíndo, o tempo dirá se a galinha pôs um ovo de ouro ou se eram simplesmente gases… No imediato sei que a abordagem nostálgica é sempre boa opção para jogadores da velha-guarda.
Final Fantasy X/X-2 HD Remaster está disponível agora para PS3 e PS Vita.