Tal como no ano passado, a CD Projekt RED mostrou um exclusivo de The Witcher 3 à porta fechada na E3. Não estivemos por lá para ver em antemão as novidades que a empresa mostrou, mas tivemos acesso ao conteúdo apresentado. The Witcher 3: Wild Hunt está mais próximo da sua versão final e pudemos ver durante a conferência da Microsoft o protagonista Gerald de Rivia à caça de um gryphon, deparando-se pelo caminho com bandidos a abusar de inocentes. A apresentação da Microsoft termina quando Gerald leva a cabeça do Griphon até à cidade de Novigrad, a maior cidade de The Witcher 3, segundo o representante da CD Projekt RED. “Uma viva comunidade de centenas. O pescador acorda de manhã para apanhar peixe, o comerciante regateia os preços, e é um bom local para arrecadar muitas missões”.

O mundo de The Witcher 3 é enorme, e o mapa atesta essa enormidade. A sua exploração vai além fronteiras sem barreiras invisíveis ou falsos penhascos que não podem ser escalados. Devido a isso, a exploração na vertical é encorajada, podendo escalar montanhas em busca de um único artefacto perdido no tempo. Nadar e mergulhar, ao contrário dos antecessores, é agora possível. Não que seja uma novidade, mas com esta nova habilidade será possível mergulhar mais fundo nas águas e descobrir caminhos subterrâneos que nos levem a locais inalcançáveis. Assim, podemos dizer que este mundo que nos parece tão belo será completamente aberto, sem nada que nos impeça para explorar cada centímetro.

É evidente que a exploração não é o único ponto forte de The Witcher 3. O combate parece fluído e dinâmico, com mais escolhas de magias, opção de esquivar e block, e duas espadas na mão: uma feita de aço para cortas humanos às postas, outra feita de prata para combater os monstros. O combate não se traduz apenas no swing da espada, porque o jogador será recompensado por usar o meio envolvente em seu benefício.

O menu radial aproxima-se bastante a The Witcher 2 e volta com os familiares signos de magia: Igni, Quen, Yrden, Aard e Axii. Adicionalmente, Gerald vai poder meditar antes de cada batalha (ou após batalhas) para recuperar forças e fornecer uma variedade de atributos ao nosso assassino, ou para apenas passar o tempo no qual terá impacto sobre a obtenção de missões. E é precisamente o que acontece com os monstros pelos ciclos de dia/noite, em que os monstros modificam os seu atributos conforme esteja o sol ou a lua a brilhar. O tempo imporá ao jogador um extra cuidado no quando e como planeia as suas batalhas, e haverá também consequências de acordo com o equipamento que se esteja a usar e do local onde se encontrar.

A história vai ser de uma ramificação tão complexa e com tanto embrenho que vai deitar os olhos pela cara (ok, menos, menos), com conflitos motivacionais, e muita escolha de diálogo para o jogador. Escolher entre determinadas acções poderá ser fruto da informação que os NPC dão a Gerald, que acabará por fazer a sua escolha e levará os NPC a reagir de acordo com essa escolha através do resto do jogo.

The Witcher 3 está bastante melhor que o já tão impressionante antecessor The Witcher 2. Mais um jogo que vai ser lançado em 2015 juntamente com tantos outros aguardados, mas este está acima da lista do “must buy” por ser um dos melhores, senão o melhor, jogos do género RPG para nova geração até hoje. Um jogo em que não há preto no branco, mas que irá ramificar-se de situações dramáticas por comunidades vivas e dinâmicas com aproximadamente 100 horas de jogo, é uma grande ambição da CD Projekt RED.