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A Microsoft apresentou ontem a Xbox One para o mercado português, que será lançada no dia 5 de Setembro através de dois pacotes: sem Kinect por €399.99 e com Kinect por €499.99. Portugal aguarda há quase um ano pela chegada da Xbox One ao mercado, desde que foi lançada a nível mundial em 13 países e esta espera deveu-se à localização em português da dashboard e incorporação de conteúdos com interesse para o nosso país, tudo em português PT. Podem ler as nossas primeiras impressões sobre a Xbox One aqui.

O que a Microsoft Portugal apresentou não foi mais daquilo que já se sabia ou se previa. Não só pelo preço dos pacotes com e sem Kinect, não só pelos lançamentos de jogos exclusivos e outros com conteúdos que serão primeiro lançados para a Xbox One. Tudo o que nos foi apresentado no encontro que juntou os media especializados e alguns produtores indie portugueses foi o mesmo debitado de há uma ano para cá, com a mesma informação, os mesmos trailers, e a mesma conversa de PR que nos tentam impressionar com o número de algumas mil milhões de horas jogadas a partir de 5 milhões de consolas vendidas em 13 países. Basta agora saber se estes números se vão reflectir num mercado largamente absorvido pela concorrência que é a Sony, e que ganhou vantagem ao introduzir muito antes a PlayStation 4 no mercado. Mas a Microsoft tem as suas armas e produtos que diferem da concorrência, com qualidade, o que deverá ser recurso para um suposto sucesso de vendas em Portugal como se tem demonstrado nos 13 países. E mais ainda quando o preço se acerta ao da concorrência pela opção de uma consola sem Kinect e com jogos exclusivos tão apetecíveis como Halo, Forza e Fable, entre outros. Mas se optarem por uma consola sem Kinect, esqueçam utilizar todas as potencialidades como para dar um passo de dança com o novo Dance Central que será apenas vendido através de download digital.

Também foi apresentado o ID@Xbox, o programa que promove jogos desenvolvidos exclusivamente para a Xbox One. Além daqueles que foram demonstrados durante a E3 2014 e que se inserem no programa, tal como o Cuphead, INSIDE, Threes! e Hellraid, a Microsoft Portugal aproveitou também para anunciar o apoio a produtores nacionais, e aqui temos uma novidade, disponibilizando ferramentas de desenvolvimento de jogos a custo zero. Para a Microsoft importam os jogos, pequenos ou grandes, não interessando se são produzidos por um grande estúdio, uma start-up ou a título individual. Entre os produtores nacionais com os quais a Microsoft já está a trabalhar para trazer jogos para a nova geração (não que façam forçosamente um aproveitamento das capacidades da nova geração) estão a Biodroid, BicaStudios, Nerd Monkeys e Game Studio 78. E como se sabe, há mais empresas em Portugal com um grande potencial para criar jogos, como há quem publicasse pela Daedalic Entertainment, que poderão chegar-se à frente neste programa ID@Xbox. Mas por enquanto há muitos “ses”. Veremos o que os portugueses têm na manga e se esta plataforma da Microsoft será motivo suficiente para entrar pela via da exclusividade e se não será apenas para encher catálogo. Uma coisa é certa: apoio como este e que permita facilidades na produção de jogos é sempre bem-vindo.