Porque é mais divertido arrumar a casa digitalmente do que na realidade!

O termo “narrativa interativa” não é propriamente recente, este pretende descrever videojogos cuja interação do jogador apenas afecta a narrativa – tal como o nome indica. As mecânicas destes jogos tendem ser reduzidas e de fácil mestria, no entanto têm um impacto profundo na história dos mesmos.

Um dos exemplos mais infames deste género é Heavy Rain, um jogo da Quantic Dream que colocava o jogador no papel de várias personagens que tentavam resgatar uma criança raptada, obrigando o jogador a fazer escolhas difíceis e que podiam acabar por mutilar as próprias personagens. Além de reacender a discussão do “anti-jogo” ou “não-jogo” também provou que ainda existe um publico para este género de videojogos com narrativas experimentais. A maneira como o jogo me foi descrito por um amigo ainda é a melhor maneira de explicar Heavy Rain a quem não conhece o titulo : “Imagina um RPG moderno, tipo Dragon Age ou Mass Effect, mas sem combate.” Recentemente a Telltale Games conseguiu popularizar este género com jogos como The Walking Dead, saindo do nicho de jogadores interessados em experimentalismo narrativo.

O título 4PM parece enquadrar-se mais na categoria do “experimentalismo narrativo”, mostrando pesadas influencias de Heavy Rain até mesmo na forma de interagir com o ambiente. O jogador assume o papel de Caroline Wells, que acorda para enfrentar mais um dia banal na sua rotina mas acaba por descobrir uma série de experiencias que vão mudar a sua vida para sempre. A curta duração do jogo neste caso parece funcionar a favor do mesmo, tornando a experiencia mais intensa e concentrada e menos exaustiva.

Para todos os curiosos e interessados é aconselhado que experimentem 4PM, já disponível para compra digital.

4pm 01