Quando explorei o universo Sci-Fi de Destiny, na versão beta, não pude deixar de fazer comparações pela familiaridade com outros shooters Sci-Fi, nomeadamente Halo e Mass Effect. A Bungie, que produziu os jogos Halo até a esta data, uniu-se à Activision e aproveitou a sua experiência na produção de um dos melhores MMOFPS que é Halo e misturou com alguns apontamentos da BioWare, sem se esquecer de algumas funcionalidades dos jogos da Blizzard.
Destiny tem visuais fantásticos de cores brilhantes, tem um design elegante, a música é daquelas que me faz querer comprar o cd da banda sonora em separado, o gunplay é extraordinário com imenso e diverso armamento, e a experiência é gratificante com missões que fluem com loot interessante. É bem provável que a Blizzard se sentou à mesa com a Bungie, visto que a Blizzard está associada à Activision, porque Destiny tem uma certa estrutura baseada em missões, organização de dungeons e sistema de habilidades tal como os jogos da Blizzard. Contudo, são universos completamente distintos, e Destiny conseguiu captar mais a minha atenção que outros MMOs não conseguiram.
Competitivo, cooperativo e single player, há momentos para qualquer jogador apreciar e explorar com liberdade. As missões são rápidas e algo frenéticas que nos levam de ponto A a ponto B: Investigação de áreas, colectar materiais, dizimar uma série de inimigos, matar um boss – subir de nível. O loot é maioritariamente disponibilizado através dos inimigos que eliminamos, mas senti falta de mais loot derivado de cofres ou do próprio meio ambiente. Não teria de chegar necessariamente ao extremo epic loot de Borderlands, mas seria interessante encontrar mais materiais a partir de exploração.
A Bungie não quer Destiny a ser rotulado como um MMORPG, embora o seja, tecnicamente. Chamam-lhe “shared-world shooter”, o que significa que funciona bem com outros jogadores, e com razão. Há missões que podem ser completadas a solo ou em companhia, possibilitando o salvamento de quem morre para não esperar pelo respawn, e essa é uma mais-valia quando se enfrenta uma horda ou um boss perigoso. O importante é que nunca senti intromissão ao jogar com outros jogadores, tanto pelo loot ser igualmente partilhado durante uma assistência ou pelo prazer de cooperar por um objectivo difícil. E ao terminar, nada melhor que uma dança colectiva, como que um agradecimento, para cada um ir à sua vida.
Na versão beta de Destiny, o mapa geral é constituído por: Terra (onde temos acesso na beta), Lua (sem acesso na beta), Crucible (multijogador competitivo) e a Torre, que é uma espécie de Citadel de Mass Effect. Nesta torre, os jogadores podem rever o armamento, fazer compras e angariar missões. Juntam-se para fazer uma pausa e socializar, e podemos com a nossa personagem proceder a 4 acções para socializar com os restantes jogadores: apontar; fazer vénia/acenar; sentar e dançar.
Durante a minha estadia na torre, que é um ponto de passagem para ganhar fôlego da batalha, aconteceram situações peculiares:
– Participei numa dance party no hall de entrada, com uma dezena de jogadores a dançar como podem ver na imagem anterior. Imagino uma centena ou mais de jogadores quando Destiny for lançado em Setembro: Party all day!
– Dei toques numa bola de futebol com outro jogador (enquanto outro “mitra” tentava roubar a bola).
– Dei toques numa bola flutuante que não sei bem como aquilo apareceu ali.
– Sentei na berma do precipício a apreciar a vista.
– Cortejei outra jogadora, como fazem os pombos (e ela a mim, mas acho que não gostou do meu penteado).
– Vi um grupo de jogadores a simular um jogo de roda, uma espécie de jogo do lenço. Estou certo que a Bungie e a Activision estão orgulhosas de ter criado o Duck, Duck, Goose Simulator após tanto investimento.
Isto tudo acontece porque os jogadores pouco mais têm para fazer quando chegam ao nível 8, o último patamar para a Beta. Contudo, basta para perceber que Destiny tem tudo para ser um sucesso e irá entreter a muitos durante longas horas. Quanto a mim, não consigo parar de jogar.