Uma antevisão a Adventurezator: When Pigs Fly
Para toda a gente cujos sonhos decorrem em formato aventura-gráfica (que é o caso da equipa do Rubber Chicken, bolas, vejam só o nosso nome e tudo!), há sempre um pequeno Tim Schafer a crescer dentro de nós. E por vezes esse Tim, ou esse Charles Cecil, querem vir cá para fora a pegar-nos nas mãos, conduzindo-nos à materialização desse jogo dos sonhos. Outras vezes envolvem-nos com tentáculos do Maniac Mansion 2, ou com os dedos esqueléticos do Le Chuck, mas ajudam-nos sempre a suportar os nossos vôos. O que falta muitas vezes são as ferramentas para as concretizar. Mas felizmente, graças aos nossos irmãos do outro lado do Atlântico da Pigasus Games, já é possível.
Adventurezator: When Pigs Fly são na realidade dois produtos distintos, duas faces da mesma moeda cuja intenção é mostrar as potencialidade da ferramenta principal que é Adventurezator. Sendo uma ferramenta de criação de aventuras gráficas point-and-click traz incluída uma (parte de) campanha com bastante humor, e que faz jus a todas as referências que homenageiam no seu trailer de lançamento. Apesar de ainda em Early Access, o modo sandbox – aquele que nos permitirá construir as nossas próprias aventuras gráficas – já possui editor de cutscenes e de personagens, e augura já ser uma ferramenta simples e intuitiva para materializar as nossas mais tresloucadas ideias.
When Pigs Fly é a campanha criada pela própria ferramenta e que funciona quase como Adventurezatorception (uma aventura-gráfica, dentro de uma ferramenta de criar aventuras-gráficas) e que nos traz a história de um humano transformado em porco por uma maldição, e cujo enredo vai visitando algumas das histórias infantis que conhecemos e que serve como um belíssimo cartão de visita ao que poderá ser construído com Adventurezator.
O que tornará Adventurezator (que é não é bem um jogo, mas si uma ferramenta de fazer jogos) virtualmente infinita será a participação e intervenção da comunidade. A integração da aplicação com a Workshop do Steam vai permitir que os jogadores troquem aventuras-gráficas uns com os outros, e quem sabe, se não sairão daqui alguns dos melhores protótipos para um verdadeiro revivalismo do género?