O segmento de videojogos de desporto tem uma forma própria de crescer de ano-para-ano, e aprendemos já todas as possíveis manobras com a EA, a maior especialista no género, e até com a Konami. Enquadro aqui WWE como um desporto pela sua intenção ficcional de o ser, e de o meu ex-fanatismo com o género me criticar por reconhecê-lo como mero entretenimento.

É verdade que dentro do catálogo da 2K aparecem estas duas franquias poderosíssimas que geram milhões (em especial no território norte-americano) mas que acabam por ter uma grande comunidade de seguidores aquém-Atlântico. E são estas duas franquias com imenso peso (até no nosso território) que vão tendo anualmente um novo jogo para ser lançado.

As críticas que todos aqueles que não seguem estas séries de perto (assim como FIFA, NHL, PES, etc.) fazem às mesmas é a extrema-sensação de repetetividade, em que apenas os atletas parecem mudar de jogo para jogo. Mas depois das apresentações de WWE e de NBA com a equipa da 2K no seu stand, e consequente hands on, será poderemos dizer o mesmo?

WWE 2K15

Após uma apresentação sem grande entusiasmo da parte do próprio PR da 2K, acabámos por perceber que a grande novidade que esta edição da franquia WWE nos traz é a possibilidade de vivermos alguns dos feudos históricos entre lutadores. No modo 2K Showcase viveremos o papel de um lutador histórico (recente ou não) do elenco da WWE, em que somos presenteados com videos de interlúdio entre combates e que são retirados directamente dos seus períodos de exibição televisiva. Como estamos a jogar uma espécie de “Modo Histórico” temos uma série de eventos para cumprir durante o combate para nos aproximarmos com os movimentos, desvios e saltos do combate que aconteceu e que estamos a recriar.

Para além dos claros melhoramentos das expressões faciais, vamos encontrar em WWE 2K15 a possibilidade de começármos os combates com “chain wrestling” ou seja, uma sequência de QTEs que mimetizam os primeiros segundos dos combates em que os lutadores se tentam dominar mutuamente, tentando encontrar um ponto de vantagem (e de força) sobre o outro.

A edição especial limitada remete-nos para aquele que é considerado o maior lutador de sempre: Hulk Hogan. Nesta apologia à Hulkamania, a edição especial de WWE 2K15 trará não só uma fotografia autografada por Hogan, como também um peluche e um pequeno quadrado do tapete da arena da última aparição deste no programa WWE Raw (a 10 de Março deste ano).

 

NBA 2K15

Numa apresentação bem mais entusiástica, percebemos que NBA 2K15 tem mais do que tudo a intenção de ser um jogo mais imersivo ao mundo do basquetebol. Ao invés da 2K tentar aumentar as potencialidades gráficas dos jogadores de NBA (e da Euroleague) o que quiseram foi criar uma envolvência que nos remetesse automaticamente para a arena. Para isso retornaram as cheerleaders, as mascotes e uma série de outros elementos em torno do próprio jogo. O que sentimos no hands on deste NBA 2K15, é que estas alterações não são perceptíveis enquanto estamos a jogar, mas fazem muita, muita diferença ao criar a ambiência certa para o nosso “mergulho” na partida de basquetebol.

As duas alterações técnicas que efectuaram foi na inteligência de ocupação de espaços dos jogadores que parecem cada vez menos “mecanizados” e tentam comportar-se como jogadores reais fariam, e por outro lado, a total eliminação do factor sorte nos shots ao cesto. O que a programação faz agora é estabelecer uma percentagem específica para o jogador que tem a bola na mão e quão provável (na vida real) é um falhanço ou um ponto efectuado por ele naquela posição.

E no final, percebermos que quando for lançado a 10 de Outubro que a versão de PC não será a filha bastarda da geração anterior, mas finalmente acompanhará a PS4 e Xbox One.