Quando me disseram “Olha André, a Microsoft mostrou 8 minutos de jogabilidade do Quantum Break, na Gamescom, podes dizer qualquer coisa sobre isso?” prontamente pensei “Claro! Jogos sobre dinâmicas temporais alteradas? Siga nessa!”
Oito minutos depois tinha a mente em branco e mais ou menos esta cara:
Quase duas semanas depois ainda tenho algumas dificuldades em transpor para gramática inteligível o quão exasperantemente desinspirados e salobros são estes oito minutos.
Para quem ainda não sabe nada, a premissa de Quantum Break baseia-se numa experiência científica que correu mal. Enquanto se estudavam viagens temporais, algo corre mal e os três protagonistas do jogo são de alguma forma afectados de formas diferentes, ganhando “poderes cronológicos” (mais me apetecia escrever “afectações crónicas”). Apartir daqui apenas sabemos que os três são perseguidos pela Monarch Solutions (a grande corporação maléfica).
O argumento (pelo menos até aqui) é de si batido e reduzido, mas entusiasmei-me com a possibilidade de manipulação temporal. Qual não foi a minha decepção quando apenas vi um shooter de terceira pessoa com visuais muito próximos de Watch_Dogs, uma mecânica de bullet-time e um gimmick de paragem temporal. Aparentemente um dos três protagonistas pode parar o tempo. Outro consegue ver as suas escolhas no futuro (Nicholas Cage em Next és tu?). Não sei o que fará o terceiro, mas nem fiquei curioso. Aposto que algo idiota como alterar o passado, já que um pára o tempo (presente), outro vê o futuro, e a linearidade de tudo o que vi até aqui. Alguém dê a deixa para os paradoxos temporais entrarem.
Ficam aqui com os ditos oito minutos, eu vou ali jogar Remember Me que fiquei com vontade.
Nota final: não gosto emitir opiniões tão vincadas sobre algo que não experimentei pessoalmente, e que ainda não está terminado. Vou continuar a seguir o desenvolvimento deste bicho, mas só porque a premissa tem tanto potencial que se me surpreenderem pode vir a ser um dos jogos do ano. Espero estar errado…
E se o estiver, prontamente vos darei a saber aqui na capoeira.
