Não estando no recreio dos meninos grandes, a Nordic Games apresentou novidades para esta Gamescom que agradou, e muito, aos seguidores das suas séries. Dos três jogos que nos foram apresentados um pertence a uma série que teve algum sucesso em Portugal, e que comummente era destaque em diversas lojas do nosso País. Falamos é claro de Spellforce, o RTS mesclado com RPG que andou nas bocas e nos PCs de muitos jogadores portugueses na década passada.

nordic-games logo

 

Spellforce 3 está a ser desenvolvido por um motor próprio de RPGs, e que alimenta a vontade da Nordic Games em utilizá-lo para futuros novos IPs. Em geral, os dois jogos anteriores e as suas expansões já viviam de uma afinação técnica que justificava a aceitação crítica que em si recaiu. E é por isso que grande parte do esforço e a atenção do desenvolvimento se remete à inteligência das unidades, a começar pela ocupação de espaços pelo terreno, onde um arqueiro tentará sempre posicionar-se na retaguarda e numa elevação como forma de tirar o máximo proveito das suas especificidades. Sempre que separamos grupos de unidades elas agrupar-se-ão em divisões, com as formações previamente definidas por nós, o que nos auxiliará na micro-gestão dos nossos exércitos no clangor da batalha.

Poderemos contar com cerca de trinta a quarenta horas de campanha de história, recheada de heróis, masmorras, tesouros e todos os clichés que adoramos e que não podem faltar a um qualquer RPG de fantasia que se preze. Apesar de que apenas teremos o seu lançamento no final de 2015 ou no início de 2016, e que exista muito pouca percentagem “apresentável” de jogo para vermos, ficou-nos uma gigantesca curiosidade em qual será o comportamento de Spellforce 3 em modos multijogador, tanto PVP como cooperativo.

The Guild 3, a primeira apresentação que assistimos no stand da Nordic Games, é a aguardada sequela da mais famosa série de simuladores de vida medieval. A primeira, e gigantesca alteração ao nível do desenvolvimento é a utilização do motor de Darksiders, Havoc. Não esqueçamos que a série escrita por Joe Madureira foi adquirida pela Nordic após a falência da THQ, e com ela o seu motor de jogo, e que começa a ser “rentabilizado” nas produções da companhia.

Apesar de não termos nada jogável de The Guild 3, percebemos o dilema dos seus developers de testar os limites e os requisitos máximos dos mapas desenvolvidos. Pertencendo a série a um nicho muito restrito, é objectivo da Nordic Games de que um computador médio consiga correr o jogo sem dificuldades. Isto colide com a muito bem recebida intenção da empresa de lançar o jogo bundled com um editor de mapas, que permitirá aos jogadores partilharem os seus mundos através da Workshop do Steam, aumentando em muito a sua vida útil.

A outra novidade que The Guild 3 trará é a inclusão de sociedades secretas que irão alterar a dinâmica de final de jogo do modo de campanha. Mediante o tipo de personagem e o tipo de valências que temos na nossa cidade, poderemos ser convidados por grupos criminosos, sociedades templárias, entre outras, que nos obrigarão a adaptar-nos a esta nova dimensão, e que trarão uma nova camada de escolhas e de esfera de influências para a história.

Sendo dois jogos de nicho (em especial o The Guild 3) com falanges de apoio altamente fiéis e bastante interventivos, é extremamente positivo para o desenvolvimento dos mesmos a inclusão e a auscultação dos seus jogadores. É esta troca de ideias que os developers encetam online que tem sido o segredo da evolução ponderada do desenvolvimento de ambos os títulos. E a razão pela qual as infomações que vão sendo divulgadas sobre ambos têm agradado, e muito, aos fãs das duas séries que aguardam ansiosamente os seus lançamentos.