Graças ao simpático convite da equipa da Neocore Games, estivemos nas semanas que antecederam a Gamescom a jogar incessantemente The Incredible Adventures of Van Helsing I e II, como forma de aquecimento para o que iríamos conhecer no seu stand em Colónia.

As horas que passámos na Europa alternativa do mundo ficcional de Van Helsing lembrou-me o porquê de gostar tanto de RPGs de acção com visão isométrica e a imensa alegria que tive ao jogar as primeiras doze horas de Diablo III, e ao terminar cada um deles com imensa satisfação o  porquê de ter detestado Diablo III após as doze horas de jogo.

Os dois lançamentos de The Incredible Adventures of Van Helsing estão repletos de referenciais culturais que aligeiram o tom da caçada demoníaca que fazemos com a companhia do espírito sarcástico de seu nome Lady Katarina. Na primeira iteração da série, e quase no final do jogo, a NeoCore Games fez uma experiência de inserir uma área de tower defense ao estilo de Orcs Must Die e de Dungeon Defenders, que não só resultou bem no ambiente steampunk do jogo, como ganhou uma maior dimensão na sequela.

Van Helsing 3

 

Ao contrário de muitos dos jogos do género, Van Helsing traz-nos um bom argumento, que não é apenas um adorno ao jogo mas que cria uma série de consequências políticas entre os dois jogos, que claro, se vão reflectir no terceiro jogo. Para jogar a terceira (e última) iteração aconselha-se a conhecer a fundo os dois primeiros jogos, sob pena de se perder uma das melhores dimensções da série: a sua narrativa. E é por isso que não esperamos grandes inovações ou diferenciações daquilo que foi o segundo jogo, mas a qualidade e a nossa curiosidade em torno do enredo ultrapassa em larga escala a necessidade de se inovar apenas pelo acto de inovar. E para dizer a verdade, para quê alterar uma fórmula que funciona de forma notória, e que serve como belíssima base para a história que está a ser desenvolvida.

Todo o mistério que a empresa húngara fez no mês que antecedeu a Gamescom em torno do teaser de Deathtrap foi finalmente dissipado em Colónia. As experiências que fizeram com os segmentos tower defense do jogo foram tão bem-sucedidas e tão bem-aceites pelos jogadores que motivaram o estúdio a fazer o primeiro spinoff da série Van Helsing. Mais uma vez, para quem já viajou nas ruas de Borgova no papel de Van Helsing Deathtrap soará como um agradável déja vu. Esperamos apenas que os segmentos de tower defense sobrevivam per se, separados de todo o mundo bem construído da série principal, sendo que para isto a componente cooperativa com quatro jogadores será certamente um elemento de valor acrescentado ao próprio título. Mas com a qualidade a que a NeoCore nos tem habituado acreditamos piamente que esta não só seja uma possibilidade, como uma eventual realidade.