Um Chicken Nugget sobre Super Time Force Ultra
Reconheço desde já toda a estranheza que reside em iniciar um artigo sobre um jogo tão retro-épico como este STFU da Capybara Games com um single dos Aqua, retirado do seu primeiro álbum. Mas admito um certo reflexo pavloviano que nem deveria ser natural a um whovian aguerrido como eu e que consome há muitos anos sci-fi e paradoxos temporais como quem come Estrelitas ao pequeno-almoço. Mas é esta reacção involuntária que surge na minha cabeça 1 ou 2 segundos após pensar em mudar o passado recente, mesmo que apenas por breves instantes traz a doce Lene Nystrøm a cantar em loop “(…) if only I could turn back time (…)”.
Antes de conversar com os simpáticos membros da Capy durante a Gamescom e sobre o seu próximo jogo, Below, já aqui uma das nossas galinhas me tinha falado deste STFU. O conceito soava tão refrescante numa altura em que o revivalismo do Contra e de outros épicos de acção da altura estão tão em voga, que o que sempre me pareceu desde a primeira descrição do jogo é que o estúdio canadiano, à semelhança de outras pérolas criativas por si desenvolvidas, conseguiram não só recuperar esta nostalgia sobre a macheza contundente do clássico da Konami e atribuir-lhe mecânicas tão simples à primeira vista mas tão complexas na sua execução, que transformam este Super Time Force Ultra num dos grandes jogos indies deste ano de 2014 que está a ser completamente avassalador com lançamentos independentes.
Aliado ao side-scrolling shooter com um exímio estilo de pixel art, temos uma mecânica de recuo no tempo que não é inovador (basta pensarmos na boa execução de Braid) mas que neste tipo de jogos permite uma série de estratégias on the fly completamente diversificadas, que não só complexificam um jogo que é por si só, bastante difícil, como demonstram as possibilidades que uma nova perspectiva sobre o género pode trazer.
Dentro da equipa over-the-top que encontramos à nossa disposição em STFU, com diálogos retirados da extravagância de um Knight Rider, temos uma série de personagens com características diferentes. O que significa que se formos alvejados com a nossa sniper podemos voltar atrás no tempo, trazer um personagem com um escudo para colocar à sua frente, enquanto voltamos atrás no tempo novamente para colocarmos um dos nossos soldados mais perigosos para dar o máximo de dano ao nosso inimigo. Ao colocarmos o tempo na sua continuidade normal, o que vamos ter é uma série de “fantasmas” a desempenhar as acções que definimos no recuo temporal, enquanto o nosso protagonista, se sobreviveu progride sob o nosso controlo.
Esta mecânicas acabam por ser muito mais complexas no decorrer do jogo, e acredito que o tempo que leva a dominá-las por completo contribui, e muito, para a dificuldade do jogo que é já de si bastante desafiante. Para além da óbvia diversão há que salientar aquilo aquilo que a Capy já nos habituou antes, e que terá também impacto em Below: a exímia qualidade estética de todos os elementos visuais que compõem o jogo, tornando-o uma das melhores demonstrações da qualidade de pixel art altamente detalhada. STFU é obrigatório para todos os fãs de Contra e que têm tido no também genial Broforce uma resposta de qualidade.
Nota final: ao longo da redacção deste artigo ouvimos em repeat e no total de 18 vezes a música Turn back time dos Aqua.
Super Time Ultra Force é um exclusivo Xbox 360, Xbox One e PC. Analisada a versão de PC.
Comments (1)
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