Gomu Gomu no Chicken de  Phantom Breaker: Battle Grounds

Diria que todas as moedas de 20$ que gastei em máquinas de arcadas de cafés em Lisboa deixaram uma marca indelével em mim, que me apaixona até hoje por 2D brawlers. Não colocando as questões da pouca supervisão que era feita no final dos anos 1980 e início dos 1990, em que qualquer menor podia jogar nestas máquinas sem qualquer entrave dos proprietários dos estabelecimentos, mas a verdade é que estes festivais de pancadaria faziam do miúdo altamente pacato (que era eu) um verdadeiro Steven Seagal dos side scrolling beat’em ups.

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O ataque dos Exterminadores das Finanças!

 

É verdade que este género teve o seu tempo áureo no período supracitado, e que se não fossem algumas boas experiências do mercado indie (como Castle Crashers e Sacred Citadel) e o mercado japonês (onde o género continua a ter uma fatia do mercado), e os 2D side scrolling beat’em ups tinham desaparecido.

Este Phantom Breaker: Battle Grounds é um pseudo-spin-off de um fighting game de sucesso no Japão, de seu nome Phantom Breaker. A grande diferença deste brawler da 5pb é mesmo a mudança de género e a apresentação. E admito que foi este ponto uma das grandes conquistas de PB: BG. O visual chibi das protagonistas e dos vilões, o tratamento 16 bits que nos remete para grandes nomes do género como Streets of Rage e TMNT, assim como a diversidade de inimigos (e a criatividade nos seus concepts) fazem deste PB: BG um divertido brawler que nos mata aquela fome pelo género. Pelo menos a quem a tem.

Phantom Breaker: Battle Grounds dispõe de um enredo mediano e olvidável, e que é apenas uma ferramenta nipónica para justificar toda a pancadaria e button-mashing que o jogo possui. Mas apelando à nossa total honestidade: há alguém que jogue um button-mashing brawler pelo sua história? Ou o que queremos é que as sequências de acção, as animações, os inimigos, os combos, os ataques e a diversão estejam presentes? É que neste aspecto, PB: BG possui de forma eficaz todos os pontos que queremos ver num 2D side scrolling beat’em up, falhando apenas em alguns aspectos.

O primeiro de todos é a sua (falta) de dificuldade. É verdade que a nossa experiência pessoal com o género e as dezenas de títulos que joguei nos últimos 24 anos que me obrigaram a esmagar furiosamente botões para espancar inimigos, conduziram a um certo know-how básico do que fazer em brawlers.  E esta falta de desafio embate directamente no segundo problema deste jogo: a sua curta duração. Depois de jantar quando o download da versão de análise terminou, peguei na PS Vita e sentei-me no sofá. Quando dei por mim tinha terminado jogo, e mal tinham passdo duas horas desde o seu início. E se a máxima “tempo é dinheiro” for aplicada, significada que o valor por minuto deste jogo é altamente inflacionado.

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A Lolita e o seu animal de estimação, o Fofinho.

 

Phantom Breaker: Battle Grounds é um bom brawler que nos diverte e cujas animações, movimentos e demais cenas de acção respondem ao que qualquer fã de button-mashing e pancadaria injustificada aprecia. Não fosse o conteúdo que apresenta ser excessivamente curto, e este PB: BG seria um dos melhores retro-brawlers disponíveis no mercado actualmente. E com Lolitas chibi, fofas, sorridentes, a desferir espadeiradas e pontapés em legiões de monstros. E isso só poderia mesmo vir do Japão.

Phantom Breaker: Battle Grounds está disponível para Xbox 360 e PS Vita. Analisada a versão de PS Vita.