O CR7 aqui na nossa sala com cabelo sedoso

Ano após ano, a EA Sports tem-nos brindado com um simulador de futebol cada vez mais e mais realista, culminando com o agora já famoso Ignite Engine que fez a sua estreia em FIFA 14 nas consolas da nova geração.

O “salto tecnológico” do ano transacto foi tal, que a mim pessoalmente me impressionou bastante a maneira como cada jogo era, literalmente, quase como se estivessemos a ver uma partida do desporto-rei na televisão em HD.

Torna-se, inevitavelmente, necessário fazer as devidas comparações com o outro franchise anual de jogos de futebol, ou seja, Pro Evolution Soccer; jogando ambos os títulos na sua versão 2014, é da minha opinião que PES 2014 ficou a milhas do seu concorrente directo FIFA 14, seja na jogabilidade, gráficos, macramé, chinchada o que seja… FIFA 14 foi claramente superior.

Posto isto, vamos então falar de FIFA 15 e do quão ridiculamente bom este é.

Trazendo a nova versão do Ignite EngineFIFA 15 confere uma fidelidade gráfica impressionante, seja pelo balançar do tecido dos equipamentos de jogadores e árbitros ou o ondular das bandeirolas de canto e das fartas cabeleiras dos jogadores ao vento, este jogo consegue ser ainda melhor do que o seu antecessor, uma vez que pela primeira vez num jogo do franchise conseguimos até ver puxões de camisola ao mais ínfimo pormenor.

EA Sports adicionou também uma novidade bastante interessante, com o facto de o próprio relvado ir ficando com marcas e desgaste ao longo dos 90 minutos de cada partida, adicionando ainda mais a toda a atmosfera de realismo que envolve este título… Parece mesmo que estamos a ver a o jogo na SportTV, mas sem os comentários tendenciosos e filosófico-futebolísticos do Luis Freitas Lobo.

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Esta análise é dedicada a quem verdadeiramente ama o futebol

 

As parecenças dos jogadores mais talentosos e famosos com os seus alter-egos digitais, também está melhor do que nunca, com o próprio “menino-bonito” da EA, Messi a estar mais parecido do que nunca. Mesmo durante os jogos, os seus movimentos e as suas parecenças com o verdadeiro são impressionantes e deixam-me sempre espantado. O mesmo acontece com Cristiano Ronaldo, por exemplo.

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Este jogo está tão visualmente atraente e realista, que dei por mim em várias dezenas de minutos a apreciar os “highlights” de final de partida e pensar o quão espectaculares todas as animações eram… Refiro também uma situação engraçada que me aconteceu e que eu não esperava; Estava eu a jogar com o Liverpool quando perto do final do jogo a bola saiu das quatro linhas e os comentadores chamaram a atenção para o facto da claque estar a entoar a famosa canção “You’ll Never Walk Alone”, acompanhada devidamente da mudança de câmara que mostrava os adeptos em pé, com os cachecóis do seu clube erguidos bem alto e com a famosa música, originalmente cantada no músical Carousel de 1945 (quem diz que a Galinha não é cultura, hein?) a ecoar pelo estádio fora. Arrepiante.

Chegamos, finalmente, à jogabilidade… E aqui de certeza que o consumidor anual de FIFA não ficará nada desapontado, pelo contrário, ficará feliz por saber que os jogadores são mais ágeis e mais rápidos a responder aos nossos comandos; esta característica confere ainda maior realismo aos movimentos dos jogadores, uma vez que se torna mais fácil falhar um passe ou um drible, mas por outro lado é também mais rewarding quando conseguimos executar esses movimentos com precisão. Neste particular, nota-se uma grande diferença para o seu predecessor, onde por vezes lutávamos contra os movimentos mais stiff e robóticos dos jogadores.

Refira-se também o rework nos guarda-redes, que são agora muito mais inteligentes a sair dos postes e a fazer “manchas”. Temos também a introdução da tecnologia de linha de golo, que amiúde muita frustração tem provocado ao contradizer expressões como “o árbitro ’tá comprado!”.

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Vai-te lixar Olegário!

 

O melhor: As inovações em termos de física tanto em objectos com nos próprios jogadores, a melhoria do motor Ignite, melhoria colossal da IA dos guarda-redes e toda a melhoria da jogabilidade associada à agilidad melhorada dos jogadores. Todos os pequenos pormenores de desgaste no campo e a interacção dos adeptos com os protagonistas aprimorada confere um ambiente excepcional a cada partida.

O pior: Alguns, muito poucos bugs, que entre outras faz desaparecer a bola magicamente quando esta sai do terreno de jogo em altitude, o interface de gestão da equipa poderia ser bastante melhor, uma vez que às vezes se torna difícil ver os nomes dos jogadores de campo.

Em conclusão, FIFA 15 é uma grande adição ao franchise que melhora substancialmente o já muito bom FIFA 14. Nunca foi tão imersivo e visualmente atraente jogar um jogo de futebol. Este último título do franchise terá, certamente, o mérito de inclusivamente atrair novos fãs para jogos deste género. A galinha gosta.

 

FIFA 15 está disponivel para todas as plataformas. Testada a versão Xbox One.