Esta análise está muito forte!
A Sports Interactive, em conjunto com a SEGA irá lançar, dia 7 de Novembro o seu mais recente título da franquia Football Manager.
Como tal, a galinha já lhe deitou as mãos e podemos desde já dizer que se trata de uma experiência de manager bastante imersiva, com um leque de novidades que tornam este jogo numa experiência mais aprofundada e semelhante ao que realmente seja, sermos um José Mourinho desta vida.
Começamos desde logo por optar se queremos ser um treinador mais “administrativo” ou se, à boa moda de Jorge Jesus, seremos um treinador mais de “fato de treino”, que gosta de fazer mais trabalho na relva e interagir com os jogadores ao invés de delegar tarefas nos adjuntos (que por sua vez adoptam um papel muito mais relevante neste título do que em anteriores), tornando assim, a escolha dos mesmos fundamental para o nosso sucesso dentro das quatro linhas.
Obviamente que, desde alguns anos a esta parte (este ano não foge à regra), está incluído um modo de jogo mais “casual” para aqueles entre nós que só gostamos de ser treinadores em part-time, ou seja, uma versão menos detalhada digamos assim, e que não exige tanta gestão e atenção ao detalhe como o modo de carreia normal. É uma espécie de Elifoot da nova geração.
Outra parte muito interessante deste jogo está nos chamados mind-games que podemos fazer, sendo com as equipas/treinadores adversárias ou com os nossos próprios jogadores, por forma a motivá-los a jogar mais e melhor. Em relação a outros anos, nota-se que existe uma maior preponderância nesta vertente do jogo, fazendo com que seja mais relevante termos um discurso mais agressivo ou mais contido, podendo ou não resultar, obviamente. De qualquer forma, as melhorias neste aspecto do backoffice de ser um verdadeiro treinador está bastante bem conseguido, levando-nos a realmente pensar que estamos no meio de uma intriga de um qualquer filme de Oliver Stone dedicado ao desporto (vidi o Any Given Sunday).
Em termos de características dos jogadores, temos novamente o clássico 1 a 20, sendo que se torna mais difícil a prospecção de novos talentos, ou seja, temos mesmo de designar um “olheiro” para observar atentamente um potencial diamante em bruto, que por vezes resulta em descobertas muito interessantes.
Em termos de treino também existe agora a possibilidade de designarmos treino individual a cada jogador, além do clássico treino de equipa já presente nos outros jogos do franchise.
Em relação aos jogos propriamente ditos, temos desta vez animações 3D dos mesmos de muito boa qualidade, não ficando livres, porém, de alguns “bugs” que nos levam a ter momentos épicos de facepalm, mas que certamente serão resolvidos até ao lançamento do jogo ou pouco tempo depois, tais como passes sem nexo e frangos monumentais dos guarda-redes. De qualquer forma, nota-se um esforço por parte da Sports Interactive para tornar esta vista mais apelativa aos jogadores, servindo para nos colocar ainda mais confortáveis no papel de manager. Para quem não queira ou não goste, tem sempre o modo mais clássico de apenas ver a barra com as ocorrências do jogo. Eu pessoalmente, gosto de ir ao jardim em frente à minha casa arrancar um bocado de relva e pô-la na secretária do PC… Sempre ajuda a sentir aquele “cheiro da relva”. Isso ou um manjerico, mas ainda não estamos nos santos populares.
Outra novidade interessante é o facto de podermos dar pequenas “palestras” individuais aos jogadores durante os jogos, por forma a melhorar o seu desempenho durante o mesmo. Se resulta ou não, depende do jogador e do tipo de discurso escolhido para o efeito, mas é também muito interessante para os treinadores mais participativos, pois tal permite-nos ter mais controlo sobre as ocorrências durante cada partida.
O melhor: O facto de agora podermos escolher o nosso “perfil” enquanto treinadores, sendo um mais participativo ou mais estratega que delega tarefas aos adjuntos e a aumentada preponderância dos mesmos no dia-a-dia dos clubes. Cada aspecto envolvendo treinos e “mind-games” está muito mais apurado e recompensador, sejam essas mesmas recompensas más ou boas. O novo motor 3D é uma excelente adição e mostra que a Sports Interactive e a SEGA de facto tratam o seu franchise com carinho.
O pior: Ainda alguns bugs (que deverão ser corrigidos até ao dia de lançamento), como por exemplo algumas partes do jogo estarem em duas línguas (português/inglês), as mecânicas por vezes complicadas e redundantes que impossibilitam que um jogador mais casual tenha uma experiência mais rica dentro do jogo, tendo de contentar-se com o modo mais simples de gestão. O interface principal poderia estar melhor polido e intuitivo para quem não está habituado a este gênero de jogos.
FM 2015 apresenta-se como um título obrigatório para os fãs do franchise, pois além das características clássicas presentes e sem nunca as menosprezar, tenta incluir uma série de novas opções e mecânicas interessantes, pois podemos de facto ser um treinador mais ao nosso “estilo” do que em títulos anteriores, mudando talvez um pouco o paradigma estabelecido em jogos de “managers” de futebol, em que por vezes se torna difícil gerir uma equipa ao nosso gosto.
Football Manager 2015 estará disponível no dia 7 de Novembro para PC
Comments (4)
uma das coisas que mais me irritou da BETA são os jogadores a isolarem-se e a enfiarem as bolas na bandeirola de canto invés de na baliza. Não te aconteceu? Mas realmente o jogo conseguiu acrescentar coisas novas e continua a renovar-se aos poucos.
SIm, entre outras coisas Rui… Como por exemplo, sofrer um golo de um jogador que chutou a bola sem ângulo quase junto à bandeirola de canto, porque o guarda-redes meteu a bola dentro da baliza. Foi divertido. ;)
fiquei um bocado chateado… estava-me sempre a acontecer, por isso parei de jogar, a ver se na versão final isto não acontece
Esperemos que sim, Rui. :)