Nota: Cada top pessoal é baseado apenas nos jogos que cada um experimentou e não na totalidade de jogos lançados este ano.

 

  1. Hearthstone: Heroes of Warcraft

Hearhstone

A Blizzard consegue mais uma vez dominar aquilo em que é perfeita: o equilíbrio. Hearthstone é um jogo de cartas ao mesmo tempo acessível ao jogador casual ou à jogadora hardcore. Os fãs de WoW podem babar-se com as referências constantes ao lore, mas qualquer um pode aprender e dominar o jogo. O lançamento em tablets foi a cereja no topo do bolo e quase todas as noites Hearthstone é a minha companhia.

 

  1. Monument Valley

MonumentValley

Echochrome foi uma das primeiras tentativas de tornar a arte e as ilusões ópticas de M. C. Esher num videojogo. No entanto, uma dificuldade extrema afastou muitos jogadores e este tornou-se apenas conhecido em alguns nichos. Monument Valley foi mais longe, primeiro com um estilo artístico belo e cativante e com uma dificuldade moderada. Tanto um adulto como uma criança conseguem brincar com a perspectiva e conduzir a personagem ao final do caminho. Fazê-lo com um toque de dedos num ecrã, só torna a experiência ainda mais recompensadora.

 

  1. Wolfenstein: The New Order

Wolfenstein

Uma ode ao primeiro Wolfenstein 3D mas mantendo a modernidade num shooter. A MachineGames consegue juntar o antigo e o novo para criar um dos melhores shooters dos últimos tempos. A necessidade de voltarmos a apanhar todas as balas, todos os health packs, como antigamente, transporta-nos à nostalgia do passado, mas a presença de um sistema de cover que permite a utilização de uma arma em cada mão e em cada gatilho eleva o jogo para a modernidade. A coroa é no entanto a história, que se junta a Bioshock Infinite, Spec Ops: the Line, entre poucos outros, como uma das melhores de sempre.

 

  1. Shovel Knight

shovel-knight

Nos últimos anos assistimos à febre do revivalismo dos 8-bit, em várias tentativas de emular tanto o look, como o feel, como a dificuldade dos anos 80. Shovel Knight poderia ser apenas mais um mas não é. Shovel Knight é o melhor jogo que essa geração nunca teve. Shovel Knight é como pegar em tudo o que aprendemos até hoje em termos de mecânicas de jogos de plataformas e criar um dos mais sólidos e viciantes jogos do género com tecnologia que até seria possível na época. O humor constante e a fantástica banda sonora só vêm tornar este platformer o melhor de 2014 e um dos melhores de sempre.

 

  1. South Park: The Stick of Truth

StickofTruth

O medo era grande. O medo era enorme. Tantas vezes já nos estragaram franchises perfeitos com jogos que são meros cash-ins. Mas com a Obsidian no leme e com atrasos para atingir a qualidade esperada, The Stick of Truth entregou-nos não só o melhor jogo baseado na série South Park como também um dos mais divertidos RPG de sempre e uma lição de como criar um RPG que não precisa de um mundo enorme para explorar nem de montanhas e dragões em 3D. Com o mesmo estilo gráfico da série, com as mesmas piadas mordazes ou simplesmente fálicas ou flatulentas, e com um dos mais divertidos sistemas de combates por turnos, Stick of Truth é um pau enfiando no … de todos aqueles que disseram que o jogo ia falhar.

 

  1. This War of Mine

ThisWarofMine

O Journey, o Brothers: A Tale of Two Sons, ou o Papers Please de 2014. This War of Mine pertence àquele conjunto extremamente limitado de jogos que nos provoca emoções extremas de culpa, pena, receio, frustração, entre outras, mas através das mecânicas de jogo. Fazer-nos isso contando uma história é mais fácil, como foram os casos dos excelentes Child of Light e Valiant Hearts. Mas This War of Mine consegue fazer praticamente tudo sem esquecer uma afinada mecânica de jogo e tornando-se aquele que é possivelmente o jogo de guerra mais realista, sobre a experiência do que a guerra é na realidade.

 

  1. 80 Days

80days

A volta ao mundo em 80 dias transforma-se num jogo de estratégia / aventura que é uma das experiências mais originais que já se puderam jogar num tablet. 80 Days coloca-nos na personagem de Passepartout e temos de gerir o dinheiro e recursos do nosso senhor Phileas Fogg planeando a viagem ao longo do globo. Temos centenas de cidades possíveis para completar a nossa rota e em cada uma existem descobertas, mercados para trocar produtos, e pessoas para conhecer. No entanto, quando nos parece que o destino já está à vista, quando planeamos viajar de Belém para Ponta Delgada, daí para Lisboa, e depois para Londres qualquer imprevisto pode surgir: uma tempestade, piratas, ou sermos presos. E quando damos por nós estamos sem dinheiro a pedir na rua para fazer uma ligação num veículo transportador de escravos. Com um estilo steampunk é o melhor jogo do ano para iOS.

 

  1. Destiny

Destiny

Apontem-lhe os erros que quiserem mas quase todos continuam sem conseguir largar o jogo desde o seu lançamento. Aquele que é já chamado o jogo mais detestado que ninguém consegue parar de jogar é na realidade a experiência FPS mais recompensadora do ano ao nível das mecânicas de jogo e que vem provar que uma história risível e conteúdo repetitivo nunca se irá sobrepor ao gozo de uma mecânica de tiro bem afinada. Com um endgame infinito e com um enorme potencial à espreita, poderia ter sido o melhor do ano.

 

  1. Bayonetta 2

Bayonetta2

Less is more. NOT! More is much, much more. A acção frenética de Bayonetta 2, transforma-o num dos melhores hack’n’slash de todos os tempos e eleva a um patamar ainda maior tudo o que já era bom no primeiro título. Bayonetta 2 é como jogar sequências de acção de um filme do Michael Bay mas que tivesse sido realizado por um gajo bom. É diversão non-stop de uma ponta a outra e quando acabamos o melhor é ligar o canal Zen TV e ficar a ver um riacho durante 4 horas. Um dos melhores do ano no geral mas o melhor do ano na WiiU.

 

  1. Forza Horizon 2

ForzaHorizon2

Pode parecer estranho uma sequela de um jogo de carros ser o jogo do ano? Pode. Até a mim me surpreendeu a minha escolha, considerando todos os outros títulos que estão atrás. Mas a realidade é que analisando friamente, não se consegue apontar um único erro ou problema a este jogo. Eleva tudo o que o original já trazia, é o melhor “RPG” com carros, utiliza o motor de Forza 5 que lhe empresta um realismo fantástico, tem um online rápido, divertido e recheado de modos, e uma variedade enorme de estilos de corrida, desde a pista, ao rally até ao novo fora de pista. Forza Horizon 2 é o patamar até agora dos jogos de carros, perfeito para casuais arcade, mas com opções de costumização que o podem tornar um dos simuladores mais hardcore e realistas. Se existe uma razão para ter uma Xbox One é esta.