É ainda muito vincado um certo pessimismo, na nossa cultura portuguesa, no que toca a tomar decisões arriscadas nas nossas vidas e nas nossas carreiras. É um medo que acabamos por nos auto-impor e, muitas das vezes, chega mesmo a impedir-nos de pensar mais alto, de ir mais longe. Mas muitos são os casos de portugueses que fazem sucesso lá fora e que estilhaçam estas correntes que nos prendem ao nosso pequeno país e nos gritam “não vais conseguir” bem alto no nosso subconsciente.

O nosso Ricardo Correia esteve à conversa com Luís António, um developer português com uma carreira na indústria de videojogos invejável, e obteve alguns esclarecimentos bastante curiosos sobre até onde é que um pouco de presença de espírito na altura certa nos consegue levar. Fazendo um apanhado do seu percurso na indústria até hoje, não podendo contornar a sua posição como director de arte em The Witness, o mais recente projecto do afamado Jonathan Blow (criador de Braid), e passando por 12 Minutes, o primeiro jogo de autoria exclusiva do Luís, foi esta a entrevista que conseguimos e que podem ouvir já de seguida.