Ao conversar com uma amiga minha sobre o artigo do mês passado, artigo esse que ela ainda não tinha lido, cujo tema era “Hype is Hope”, e que é uma bela frase, ela perguntou-me: “então e que spin deste ao artigo?”, pelo que respondi: “como assim?”, “que piada fizeste acerca do título?”, “muito pouco”, e continuei: “escrevi um par de frases tipo ‘Hype é fé’; mais do que isso seria contra-produtivo”, ela respondeu algo que não posso escrever aqui, e eu: “tens razão”. E tinha. Eu não só acredito que há conteúdo ridículo no site do IGN – até aqui não é um pensamento ousado (ou incomum) – mas acredito também que muito desse conteúdo é obviamente ridículo; não só ridículo.
Acredito mesmo que basta fazer copy-paste de um título para fazer alguém sorrir, ou induzir essa pessoa à depressão, ou ambos, ou nenhum: acredito que um copy-paste (isolado, longe do site e da sua lógica interna e paraconsistente) basta para uma reação.
A questão aqui não era se esse material humorístico existe, mas com que frequência é produzido.
Para ser honesto, o artigo que escrevi no mês passado e que iniciou tudo isto era uma espécie de brincadeira. Nunca pensei que isto chegasse a este ponto. Fiquei chocado quando soube que o Rubber tinha aceite o meu pitch, e que queriam que continuasse a rubrica.
“Já que o mal está feito, aproveito e vou a fundo”, pensei. Eu não sabia se havia, de facto, material suficiente para uma rubrica mensal, mas ditados sobre o Rubicon e et cetera; e aqui estamos nós.
Falo-vos disto porque vos falo de fé. Eu tinha alguma esperança; depositei-a toda no IGN.
Tive fé.
E o IGN respondeu às minhas preces: