Ao contrário do que possa parecer à primeira vista, não estamos a fazer a apologia da xenofobia. A equipa do Rubber orgulha-se de ser ultra-respeitosa dos seres vivos como um todo, e de refutar todas os pontos de vista/acções que inibiam as liberdades de outros seres. Excepção feita, lá está, ao canibalismo. É verem-nos na Casa de Frangos de Moscavide a atacar uma dúzia de frangos assados para verem a selvajaria que aqui vai.

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O ovo ou a galinha indie?

Antes de me candidatar a redactor do Rubber Chicken, e muito antes de me tornar editor desta Capoeira, já era leitor do site. E era-o acima de tudo porque percebi que no panorama da lusofonia o Rubber Chicken era sem qualquer dúvida a página que mais atenção dava ao mercado independente, e que não se resignava a falar apenas dos jogos AAA que os parceiros disponibilizavam. É verdade que esta aposta em falar dos indies é prejudicial num dos grandes medidores de sucesso de um site: as visualizações, mas a verdade é que este vazio global de sites lusófonos que apostem tão fortemente em falar do mercado como um todo, e com uma grande dose de investigação sobre jogos independentes que muitos dos leitores não conheceriam, acabou por ser um dos factores do sucesso do Rubber Chicken. Mas isso são outros tantos…

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A rubrica que não-deve-ser-nomeada

Existe uma apetência natural das galinhas que compõem a equipa para o mercado independente. Seja pelo facto de que alguns de nós serem também game developers, ou apenas pelo facto de que após quase trinta anos a jogar videojogos, muitos já começam a precisar de ser surpreendidos. E regra geral, estas surpresas, riscos e inovações têm sido trazidos pelo mercado indie.

Ora qual é a minha surpresa ao perceber que uma pessoa da equipa estava a cozinhar uma rubrica unicamente dedicada ao mercado indie. Após algumas vicissitudes, das quais o risco do H1N1 foi o maior causador, a rubrica acabou por ficar a marinar em vinhas de alho durante mais de dois anos. Mas qual tumba que é aberta após milénios de reclusão, a rubrica “Caça ao Índio” vai ser hoje inaugurada, com pompa e circunstância, e canja de galinha com lentilhas.

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O porquê da Caça ao Índio?

O reconhecimento nacional e internacional do Rubber enquanto uma das opiniões mais fortes ao nível do mercado indie materializou-se, por exemplo, no convite que a Nintendo nos fez para discutir esse mercado à porta fechada. Nós não falamos de indie apenas porque é cool, nem referimos apenas aqueles indies que são tão globalmente referidos que vivem no senso comum. Nós temos acima de tudo uma espécie de missão, um serviço público a fazer aos nossos leitores: o de lhes apresentar jogos independentes que lhes passariam completamente fora do radar, e que poderão ser, ou não, grandes pérolas escondidas.

O Rubber inaugura assim a sua rubrica exclusiva de procura de jogos indies dos quais mais ninguém vos vai falar. Como fizemos recentemente com jogos como Morningstar: Descent to Deadrock, Belladonna, Sunless Sea, Harold, Crowntakers e muitos outros. Candidatamo-nos a este cargo porque os pequenos também merecem exposição pública. E candidatamo-nos porque é isso que os nossos leitores esperam de nós. E parvoíce, muita parvoíce. Também é isso que os nossos leitores esperam de nós.

Está então declarada aberta a temporada de Caça ao Índio. Se conhecerem algum jogo do qual considerem que vale a pena falar contactem-nos através do Facebook, do e-mail press@rubberchickengames.com ou através do número 808 200 031 para encomendar uma pizza.