Parece uma frase retirada dessa grande artista chamada Índia, pertencente à mui-nobre família artística Malhoa, e os seus dotes de pura transgressão artística de cantar letras que são o verdadeiro misto bilingue luso-anglófono, mas não é. Quando a Bethesda anunciou a sua app demominada Fallout Shelter totalmente gratuita, eu levantei-me de rompante para pegar no meu iPad e fazer download o mais rapidamente possível. Para nada, como sabemos, apenas uma hora depois é que o jogo ficou disponível.

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Fallout Shelter é totalmente gratuito, quer dizer, quase totalmente. Podemos comprar lancheiras que trazem dentro quatro itens aleatórios, mas facilmente conseguimos jogar o jogo na sua plenitude sem gastar dinheiro. Tem porém um pequeno grande problema: é viciante, e muito, e tenho levado a bateria do meu iPad até à sede completa, enquanto jogo Fallout Shelter em todas as divisões da casa. Eu bem sei que não tem nada de inovador, e ainda no ano passado dois dos meus jogos favoritos do ano, Cosmonautica e This War of Mine mostravam exactamente o mesmo tipo de jogo: sobrevivência de um grupo ou comunidade e a nossa gestão de uma série de tarefas desempenhadas para o bem do colectivo.

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Como sabem aqui somos uma espécie de supervisor de um Vault em Fallout, e o nosso objectivo é fazer a comunidade prosperar. Gerar os três recursos essenciais: energia, água potável e comida, e cumprir as palavras do Genesis: “amai-vos e multiplicai-vos”. É que após um holocausto nuclear há-que repovoar o mundo, um Vault de cada vez.

A jogabilidade é simples: indicamos postos de trabalho a cada habitante do Vault baseado nas suas estatísticas individuais. Tudo é uma questão de tempo e trabalho e tempo. Inclusivamente a procriação. Personagens masculinos e femininos com bons valores de carisma se deixados nas camaratas durante algum tempo vão fazer o doce “woo-woo” (à la Sims) e quando regressam do quarto já a personagem feminina vem grávida. Depois do artigo que li hoje de uma deputada espanhol do Podemos, este jogo é norotiamente uma opressão misógena, e uma afronta ao feminismo. A Bethesda que se prepare…Mas voltando ao assunto, o que aconteceu de caricato foi utilizar sempre o mesmo cidadão, de nome Ethan Baker, o homem com melhor valor de carisma do Vault, para passar alguns minutos no engate virtual com outras concidadãs. Resultado: engravidou uma mulher. E enquanto a gestação decorria decidi repetir o processo com uma segunda mulher. Resultado: segunda mulher grávida em simultâneo. E porque não uma terceira? E assim foi. O resultado, lá está, uma terceira gravidez. Este homem sozinho foi responsável por aumentar em 15% a população do Vault. O verdadeiro salvador da reprodução. O messias do engate. O semeador de esperança e virilidade. Decidi renomeá-lo. Ethan Baker soa excessivamente a nome aleatoriamente gerado (que é) e não faz jus à pujança reprodutiva do personagem. Rebaptizei-o. Agora corre orgulhosamente as divisões do Vault com um gigantesco sorriso na cara. Esta orgulhoso de si mesmo e eu dele. E tem sobre sim o nome “Zezé” a verde. Camarinha de apelido. Está feita justiça.

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Nota: se possuem um dispositivo iOS (em especial iPad pela dimensão do ecrã) este jogo é OBRIGATÓRIO.

Nota 2: inadvertidamente carreguei em Mapas no Google, ao invés de Imagens. Este é o resultado:

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