Um dos melhores e mais bem-sucedidos videojogos de todos os tempos é sem dúvida Super Mario Bros. A sua primeira aparição em 1985 na Famicom revolucionou o mundo do entretenimento. Pela primeira vez, tínhamos uma personagem com uma história, percorrendo níveis com um motivo que ia para além da pontuação e com quem nos podíamos identificar.
Os anos 80 foram levados da breca – em que outra altura, um senhor de meia-idade, bigode, boina e canalizador de profissão poderia ser o ídolo da pequenada? A verdade é que a Nintendo conseguiu fazer do pior conjunto de características de sempre para um herói, um personagem com mais de trinta anos de existência e que é tão reconhecido hoje como há trinta anos atrás!
Na E3 deste ano celebram-se os 30 anos de existência de Super Mario Bros., com um título que parece vir com 20 anos de atraso: Super Mario Maker. Ainda que não tenha qualquer falha a apontar ao “jogo” em si, mas o conceito, para além de reciclado, já deu provas de não ser a melhor aposta. Em 1984 saía para a Famicom Excitebike, o primeiro jogo da Nintendo a permitir ao jogador criasse os seus próprios níveis e logo no ano seguinte Battle City com a mesma opção. A verdade é que nenhum destes jogos ficou famoso pelo seu editor de níveis e o seu “replay value” pouco foi favorecido com a inclusão desta ferramenta.
Neste momento já existem vários programas que permitem criar níveis para o clássico Super Mario Bros. de 1985, e um dedicado grupo de fãs que regularmente criam níveis impossíveis de serem concluídos pelo comum dos mortais. Para além do factor novidade da construção e partilha de níveis, pouco interesse tem. Arriscando um pouco de futurologia, este será mais um dos jogos do Mario que fará parte da história paralela dos jogos brilhantes que a Nintendo possui. Mas fará parte do universo alternativo onde coabitam outros “flops”, como Hotel Mario para o CDI ou Mario Is Missing! para a Super Nintendo.
Comments (6)
Permita-me discordar. Acho que Mario Maker poderia ser um grande sucesso, caso a wii u o tivesse sido. O flop é da consola e não do jogo. Penso sinceramente que Mario Maker parece ser divertido, a possibilidade de partilha de níveis muito interessante, especialmente colocando-os em grupos de dificuldade. E o facto de haver uma forma de ver até onde foram amigos em cada nível é muito desafiante, porque nos vai fazer puxar por nós só para dizer-mos ao nossos amigos que somos melhores que eles.
O conceito não é novo mas o jogo irá ter sucesso pela sua simplicidade de construção níveis e porque tem uma ferramenta (gamepad) que encaixa perfeitamente no objectivo do jogo.
A Nintendo World Championship desta semana teve uma final bastante interessante e intensa devido aos níveis que foram criados no Mario Maker.
Não creio que será um flop e que entre para um universo paralelo. Imagino que se este jogo tiver sucesso vão existir mais jogos da série Maker, Zelda Maker, Metroid Maker, etc.
A diferença de opiniões é mais do que saudável. Eu por exemplo concordo completamente consigo Rui. Quando editei o artigo do Sérgio percebi perfeitamente o ponto de vista dele, ainda que não seja o meu. Acredito que o sucesso do Mario Maker vai depender acima de tudo do preço do jogo. É que o potencial de construção e desafio entre amigos (e não só) é imenso. A ver vamos.
Em parte concordo com o que o Sérgio diz, que o Mario deveria ter saídos há alguns anos atrás. Pois o preço vai ser um factor importante. É um jogo que para ter sucesso tem de ter muitas utilizadores a criar ou a jogar. Mas se o jogo se limita a servir apenas para criar mapas sem nenhum tipo de engagement extra para os jogadores tem de ser quase oferecido. Claro que com a Nintendo nada é de graça.
Concordo com ambos quando falam das potencialidades… mas vejo este titulo como um “novelty item” que é vendido pela sua singularidade, humor.
Acho que perderam o comboio do tempo e que se não criarem uma forma de integrarem o “jogo” com a 3DS, a um preço mais baixo do que um jogo de topo, dificilmente terá algum sucesso e não creio que chegue a alcançar um sucesso tal que a Nintendo pondere criar outros jogos da série.
Mas isto é futurologia… nada como esperar para ver o que aí vem! :D
Não pode ter um preço de topo. Ter uma integração com a 3DS era mesmo muito bom! Mas neste momento a Nintendo está mais preocupada em vender Amiibos do que a pensar em ideias boas e inovadoras.
Queria mesmo era que viesse um Zelda Maker :)