Transformarmo-nos num meme é daquelas coisas que nunca pensamos que nos vai acontecer. Pensamos sempre que normalmente só acontece aos outros, desconhecidos, figuras públicas ou artistas. Mesmo que não se transforme em algo viral, não contámos que uma imagem mais caricata ultrapasse a brincadeira e a doce zombaria com amigos num grupo restrito. Mas convém ter sempre algum cuidado com as figuras que se faz, o que é bastante propício com realidade virtual, principalmente quando a hentai apostar indiscretamente neste mercado que vai bater à porta das nossas casas no próximo ano.
Ao publicar uma fotografia no meu mural de facebook, o que para mim parecia inicialmente algo natural, apenas um momento mais extrovertido a jogar London Heist: Getaway com Project Morpheus durante a E3 2015, o Miguel aqui do Rubber Chicken pediu-me para colocar a foto na Comunidade Gamer Portuguesa. Porque não, pensei. Tem mal nenhum, pensei. Ninguém vai reconhecer quem é, tenho os olhos tapados, pensei.
O resultado foi este:
Dois dias sem estar no facebook e transformaram-me no meme do Morpheus.
Ah, e faltou este:
Tive ainda a oportunidade de voltar a experimentar os Oculus na zona do IndieCade com o jogo Pixel Ripped, que consistia em estar sentado no meio de uma sala de aula para crianças e tentar não enfurecer a Professora, o que achei por bem fazer o contrário e foi Game Over. Se isto não fosse realidade virtual, essa Professora histérica que partiu a mesa a meio como um kung fu master, já teria sido expulsa. Mas menos mal, podiam ter chegado mais longe:
E pela primeira vez, um sistema que há 2 ou 3 anos atrás pensava ser inacessível: Virtualizer. Este é também um sistema com Oculus Rift (development kit 2), e neste caso o nosso corpo é suportado por uma máquina que permite movimentar as pernas (andar e correr). Infelizmente, Virtualizer desiludiu por não ser mais que uma espécie de acessório que dificilmente cabe na sala de estar, e precisa melhorar na demonstração com um jogo interactivo mais polido. E perdi a oportunidade de fazer um planking entre duas barras.
Com Project Morpheus a realidade virtual parece estar mais desenvolvida, mais polida, também derivado dos estúdios que apostam no acessório da PlayStation (ou por outro lado a PlayStation aposta nos estúdios), como é por exemplo o caso de Battlezone da Rebellion, um revivalismo do jogo da Atari de 1980, um shooter ao controlo de um tanque no qual podemos observar à nossa volta os controlos ao pormenor. Também com Kitchen da Capcom, e se recordarem o P.T. (e ainda não o apagaram da vossa PS4 para terem a oportunidade de vender a consola por 1000€ no OLX), é como reviver o horror daqueles corredores mas presos a uma cadeira. Já no final de cada sessão com Oculus, o meme seguinte que não precisa de alteração ou legenda demonstra o resultado da experiência, mas estou quase, quase convencido que a realidade virtual é o futuro do entretenimento em casa.