Vou ser muito sincero, já há muito que a minha vida e experiências me ensinaram a não levantar muito as expectativas acerca de seja o que for. Portanto, como eu até sou um tipo assim para o Zen, menos quando me pisam os calos, ou me tocam no cabelo (que é lindo e farto), eu mantenho-me num estado de baixo entusiasmo, que é benéfico porque quando algo me desilude nunca é muito, mas quando me surpreende é sempre melhor.
Esta E3 não teve nada de novo para mim, foi um bocado mais do mesmo, ninguém anunciou algo que me tivesse deixado de boca aberta em termos de inovação ou de expansão de mercado. Mas alguns dos jogos apresentados abriram-me bastante o apetite. E eu podia estar aqui a escrever longos textos sobre todos eles mas vou fazer de uma maneira diferente. Mais arriscada, digamos.
Reza a lenda urbana que Ernest Hemingway estava com uns amigos e colegas e eles apostaram que não era possível escrever uma história completa e tocante em 6 palavras. Ernest pegou num papel e escreveu “For Sale: Baby shoes, never worn.” – “Para venda: Sapatos de bebé, nunca usados.” Os colegas calaram-se, largaram a nota e Hemingway possivelmente gastou-a em bebida nesse mesmo dia. Portanto desafio-me a mim mesmo a explicar o porquê do meu top 10, em 6 palavras (ou menos não contando com “des” e “os” “as” etc.) para cada título, com mais ou menos prosa e sentido. Aqui vamos nós, sem qualquer ordem especial:
Dishonored 2 – Steampunk Victoriano torna FPSs interessantes.
Rise of the Tomb Raider – Lara explora, pilha criptas, dispara flechas.
Sea of Thieves – Pilhagens e tesouros, navegações, e rum? A minha vida!
Transformers Devastation – Geração um à porrada? Contem comigo!
Shenmue 3 – Oh Ryo… Estás de volta! Vou chorar…
XCOM 2 – A luta contínua! Aliens para a rua!
Deus Ex: Mankind Divided – Personagem com mais estilo nos videojogos.
StarFox Zero – Aventuras estelares… como nós merecemos!
Xenoblade Chronicles X – Bons genes, futuro brilhante pela frente.
Fire Emblem Fates – Nunca se pode errar com estes.
Bem vistas as coisas não tive nenhuma desilusão, nem nada que me tivesse rebentado a cabeça com possibilidades e expectativas, pela positiva ou negativa. É claro que houve outros bons momentos. A Nintendo mostrou outros bons jogos, o anúncio do Final Fantasy VII foi uma surpresa, mas nada foi… como posso dizer isto… não sei… demais.
Não foi a maneira mais eloquente de dizer, mas tenho perfeita consciência que não sou um Hemingway.
Tirando na barba farta, e no cabelo… a sério, vocês não estão a ver o meu cabelo… O meu barbeiro cobra-me duas vezes sempre que lá vou, só pelo desgosto de cortar isto. Falando em cabelos, e em algo que nunca me desilude, deixo-vos com a Nina.
