Eu tenho poucos amigos, muito poucos. Conheço muita gente, dou-me bem com as pessoas no geral, mas amigos tenho poucos. Ao longo do tempo às vezes desapareço da vida das pessoas que amo, dos meus amigos, por várias razões, pessoais, profissionais, saúde… Mas há uns que voltam, de vez em quando, e nesses há dois tipos. Há os que estão diferentes, o tempo afastou-nos, moldou-nos, tornou-nos menos amigos, não por culpa de algo em específico, mas só que as pessoas mudam. E depois, há outros. Os que apesar de anos de distância quando os encontramos de volta foi como se nos tivéssemos separado no dia anterior. Estão ligeiramente diferentes, mais velhos, mais maduros (às vezes), mas são os mesmos e nós também.

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Metal Chicken, a grande rival!

Foi assim que me senti quando testei o Star Fox Zero. Primeiro esperei para o poder jogar, e enquanto olhava pela janela para a fantástica vista sobre o Tejo, nos escritórios da Nintendo pensava se o jogo me iria desiludir? Tinha um frio na barriga. Mas quando me “sentei” ao cockpit do Arwing senti-me outra vez como aquele adolescente em 1997.

Os gráficos são bons, na minha opinião, mas eu só fiz dois níveis, o tutorial (absolutamente necessário) e o de Corneria, que é quase uma cópia da versão da 64 mas em melhor. E esta passagem é perfeita, porque quem conhece o anterior faz o nível quase de olhos fechados, ou só a olhar para o segundo ecrã e ambienta-se aos comandos novos que podem ser um pouco confusos de início mas com tempo vamos lá.

Star Fox Zero pode não parecer um assombro inovador, mas tem o potencial de alegrar a velhos fãs, e criar novos. E eu estou ansioso por passar umas horas com o Fox, e os amigos.

Só me resta fazer um brinde ao seu regresso!

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Here’s lookin at you, kid!