Todos os géneros que tiveram a sua época dourada. Ainda assim, durante os tempos que correm, alguns títulos conseguem sobreviver e até vingar fora da sua época. Será que Broadsword: Age of Chivalry é um deles?

Falamos de um turn-based strategy game, muito ao estilo de um tabletop. Decorre no século XIV em França, durante a guerra dos 100 anos. O jogador poderá tomar o lado do exército Inglês, Francês, Espanhol e Habsburgos, cada um com a respectiva campanha, que acompanham os acontecimentos históricos registados.

Broadsword conta com dois modos de jogo: campanha e multiplayer (que é apenas local e por turnos, ao género de hotsit). Como já foi dito, existe uma campanha para cada exército, estando apenas disponível inicialmente para o exército Inglês e Francês. Depois de um texto apresentado numa janela que explica o setting e o enquadramento histórico da ação, entramos na parte jogável.

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O tutorial gradualmente introduz-nos para um gameplay que não traz nada de revolucionário ao género, fazendo crescer o desinteresse. E este desinteresse é reforçado pelo aspecto gráfico do jogo, na sua totalidade. Ao primeiro olhar é-nos apresentado um tabuleiro hexagonal com uma perspectiva isométrica onde cada unidade, que contém um determinado número de tropas de um determinado tipo, ocupa um e só um hexágono. Os tipos de tropas variam entre cavalaria, arqueiros, camponeses, entre outros. Um turno consiste em tomar essas decisões para cada uma das unidades, em que cada uma tem direito a uma ação de movimento, ataque e ação especial onde reside, por exemplo, a construção de infraestruturas para produção de mais tropas ou otimização das mesmas (que se mostra essencial para o sucesso). Uma vez terminado o turno, é a vez do oponente que é controlado pela IA. O facto das decisões da IA serem públicas (isto é, mesmo com a opção de “fog war” ativada, é possível ver tudo o que é feito) contribui mais uma vez para o quão aborrecido este jogo aparenta ser.

Quando duas unidades de fações opostas estão em casas adjacentes (sendo a exceção para os arqueiros que funcionam da forma espectável) há a possibilidade de entrar em combate, que é representado com magníficas animações 3D autenticamente simétricas de todas as formas imagináveis: Entre as tropas do mesmo exército, que sincronizam os membros ao milímetro, e as tropas inimigas, que apenas diferem das primeiras no sentido que estão viradas. Para adicionar drama, nem o movimento das pernas dos personagens acompanha de forma adequada a distância percorrida.

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Julgando o jogo por aquilo que realmente o deveria fazer vender, confesso que o pouco tempo que passei com ele foi relativamente interessante. Por um lado, é um ambiente bastante propício a situações complicadas de resolver e entreteve-me, por outro fez-me questionar porque é que não estou a partilhar uma experiência semelhante na mesa mais próxima com um jogo de tabuleiro e um amigo. Sim, turn-based strategy a este nível continua entertaining (e este jogo é um exemplo disso, apesar de bastante linear) mas a quantidade de experiências novas e diferentes disponíveis nos tempos que correm, ou até mesmo a oferta disponível dentro deste género, faz com que o investimento de 15€ neste jogo seja no mínimo questionável.


Broadsword: Age of Chivalry ficou disponível no Steam para Windows por 15€. Também se encontra disponível para Android e certamente parece um jogo mais adequado para essa plataforma.