Ainda bem que estão cá outra vez.

Para esta edição de A Nova Melhor Entrevista De Sempre entrevistei Gonçalo José Alves Henriques, co-fundador da Arcade Thumb, co-criador de Colortrix. A Arcade Thumb é um estúdio português, composto neste momento por duas pessoas, um casal, Henriques e a Mariana Fernandes.

Colortrix é o bebé que nasceria de Tetris e Fez, se os dois jogos pudessem acasalar. Foi chamado de “a nova versão de Tetris”, ou “o Tetris de polegar” por algumas pessoas. É um jogo mobile simples, descomplicado. Algo com que passar o tempo. Um estado de espírito.

Isaque Sanches: Ouves Metal?

Gonçalo Henriques: Gosto de Pop/Metal, sim. É um dos meus géneros favoritos.

Isaque Sanches: Calha bem.

Falei com Henriques de Heavy Metal, como prometido.

Isaque Sanches: Melhor banda de Heavy Metal de todos o tempos, para ti?

Gonçalo Henriques: [Ri-se]. É complicado.

Isaque Sanches: Vais arrepender-te da resposta, seja como for. É melhor nem pensares muito.

Gonçalo Henriques: Quando é uma escolha consciente, não me costumo arrepender.

Isaque Sanches: És uma pessoa metódica e meditativa, portanto? Nada de seguir instintos impulsivos?

Gonçalo Henriques: Meditativa, sim. As ideias vêm muito de instintos, mas depois são trabalhadas.

Isaque Sanches: Sente-se um bocado isso no Colortrix, por acaso. Por outro lado, não se nota tanto nem o Pop nem o Metal.

É interessante que apesar da sua simplicidade, Colortrix fica retido na mente. Muita gente tem falado do jogo dentro e fora de Portugal, e mesmo fora da esfera dos videojogos.

Isaque Sanches: Porquê o Colortrix? Porque é que é como é, porque não outra coisa?

Gonçalo Henriques: Eu já tinha tentado fazer jogos antes. Fiz e lancei um jogo de puzzles de animais para o iPad, mas não teve sucesso nenhum. Tentei fazer uma startup, há dois anos atrás. Queria fazer o Pokémon com geolocalização. O projeto correu bem durante oito meses, e depois faliu. Depois disso tinha perdido a vontade, não queria fazer mais jogos. Nem eu nem a Mariana, que também esteve nessa startup.

Isaque Sanches: O jogo foi um bocado de luz no meio disso tudo?

Gonçalo Henriques: Sim. O Colortrix é como é porque o encarámos de outra forma. Quando a ideia do jogo surgiu, comprometemo-nos que o íamos fazer por gosto e divertimento. Não para ser o nosso trabalho.

Isaque Sanches: Portanto vocês vêem a Arcade Thumb como uma espécie de hobby?

Gonçalo Henriques: Sim, porque acima de tudo queremos divertir-nos a fazer jogos.

E encerro esta edição assim. Tão bruscamente e a propósito de nada como a comecei. Não ficámos a conhecer a melhor banda de Heavy Metal segundo Henriques. Voltei a perguntar-lhe, mas muito depois, e queria manter isto curto. Para a próxima corre melhor. Se não for melhor, não se poderá chamar A Nova Melhor Entrevista de Sempre.