Eu nasci no final dos anos 70 e para a minha geração existiu uma diva que nós, só não sonhávamos ter como esposa porque, como homens que somos, estamos muito mais perto dos nossos primos primatas do que as representantes do sexo feminino da nossa espécie. Daí que ou andaríamos sempre a bater no peito aos outros gorilas, ou a ser subjugados pelo bater do peito deles. Seria uma canseira lidar com tamanha insegurança / territorialidade. Digamos a verdade, nós, homens, é que somos o sexo fraco.
Adiantando serviço, que a prosa já vai longa sem revelar o nome da estimada senhora – e isto de jogar com o suspense é uma obra que requer um equilíbrio muito cuidado – a Claudia Schiffer era a obra de arte no que diz respeito ao outro sexo.
Nos videojogos, em 2012 atingimos a Cláudia Schiffer com Journey. Uma obra de arte, de tons amarelados, delicada e bela, ao mesmo tempo forte e segura – tentando utilizar a sabedoria das expressão do povo para arriscar uma definição – era o pacote todo.
Ontem passei duas horas a completar a nova versão PS4 de Journey. Uma pele mais retocada e mais nova, uma sensação de regressar exactamente ao mesmo jogo mas com uma palete mais suave, mais vistosa. E lembrei-me da Alessandra Ambrosio. E a pergunta é – agora que a Claudia já caminha para as rugas e para as estrias no rabo – será que se troca a Schiffer pela Ambrosio? Não é pergunta de resposta fácil.
Se já têm a Claudia Schiffer atentem numa coisa. A Alessandra até pode parecer mais desejável, mais nova – lá volta a expressão mais sábia do povo – mais enxuta. Mas garanto-vos que estar com a Alessandra não vai ter o mesmo gosto que teve quando estiveram a primeira vez com a Claudia. O meu conselho, em jeito de conclusão de macho maduro a chegar aos 40 anos brevemente: se puderem, mantenham a memória antiga.
Quanto aos novos jogadores; por 15 euros? É uma pechincha. Com todo o respeito pela senhora Ambrosio.
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