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[Parte 1] Introdução e estabelecimento

Sim, sou um fanboy ranhoso. Passados 8 anos do lançamento da Playstation 3 em Portugal (e supostamente com mais 2 anos de fabrico pela frente) posso dizer oficialmente que completei o meu backlog para a consola e nada se aproxima que seja relevante, para mim.

Isto não quer dizer que coloquei a consola no armário, muito menos que a deixei de jogar. Mas que chegou a hora de ‘verbalizar’ um sentimento de completude face a tudo que esta consola me ofereceu. Decidi então começar a escrever um artigo de quatro partes (pelo menos por agora) para imortalizar os meus pensamentos relativos a determinados jogos que joguei nesta consola, originários do mesmo motivo que explica o estado usado e gingão do meu Sixaxis, o prazer de jogar.

Isto NÃO É um top de jogos. Isto NÃO É um artigo com verdades universais. Isto é um portefólio, um subconjunto do conjunto de todas as palavras (a menos de repetição), é um obrigado e um maldito sejas, um até logo e até sempre. Vou passar a listar quais os jogos que mais me marcaram nestes 8 anos que passaram:

2010 – Red Dead Redemption

RDR2

Há qualquer coisa no ajuste de contas de John Marshall que me faz olhar para Red Dead Redemption com imenso carinho. Há toda uma sensação de satisfação que não consigo descrever. Há qualquer coisa na forma como a história começa e há todas as sensações quando a vida de Marshall termina. Foi o jogo que me ensinou a gostar de westerns, tal como o jogo que me ensinou que um open world pode ter uma história que me satisfaça, algo que sempre me pareceu impossível. Quantas palavras poderia eu tecer com as teclas do meu teclado sobre o quanto este jogo me fascina.

Um dos momentos deste jogo que me irá ficar para sempre: Quando me senti tão enganado pelo jogo, que fiquei ofendido. Passeava a cavalo pelos trilhos de Henningan’s Steed quando um grupo de três pessoas que aparentemente estava com dificuldades me mandou parar. Eu parei com toda a minha boa vontade. Tentaram-me roubar o cavalo. Draw Gun. Dead, Dead, Dead, hop on the horse, I’m out. “For F$%ks Sake…” disse eu.

ico

 

2013 – Ibb and Obb

Se estes dois camaradas não vos diz nada, não se sintam mal. Eu descobri-o completamente por acaso e foram 12€ lançados completamente às escuras para os bancos da Sony. Para apreciarem este jogo e perceberem o que tem de tão espetacular, vou ter de vos pedir algo que consegue ser cada vez mais difícil nos dias que correm: Convençam um amigo qualquer, a vossa mãe ou até o cão a jogarem isto convosco, no vosso sofá da sala. Não é uma questão de lag, é uma questão de partilha de sofá, partilha de ideias, tentativa, erro e responsabilidade, não pelo outro mas pelo colectivo que no final é uno. É um jogo para dois jogadores ou para esquizofrênicos com a capacidade de fazer coexistir duas pessoas no mesmo corpo, uma com a mão direita e outra com a esquerda. Brinco. Depois de terminar Ibb and Obb pela primeira vez com a minha mãe, com o meu irmão e com um amigo meu que nem joga, passei o jogo sozinho. É frustrante, mas não é impossível. E juro que senti o cérebro a dividir-se como se do mar vermelho se tratasse.

O momento desde jogo que vou gravar para sempre: O momento em que percebi que o multiplayer local não morreu. Cooperação sempre foi a melhor forma de partilhar um sofá, principalmente num ambiente repleto de puzzles como Ibb and Obb. Durante a partilha da pipoca cozinhada para a ocasião não haverá disputa pela última da taça, que para ninguém parecer mal acabará por ir para o lixo.

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