TRANSFORMERS, já há umas semanas tinha feito um pequeno artigo sobre um jogo mobile com eles como protagonistas, e na Gamescom 2015 tive oportunidade de ver a apresentação da Activision e da PlatinumGames do jogo novo para consolas e PC. E é sem mais demoras, como fã de TRANSFORMERS a sério, da Geração 1, posso dizer que estes são os robots disfarçados que eu estava à procura!
Eu cresci na primeira geração dos TRANSFORMERS, um dos momentos mais tristes da minha infância foi quando vi a morte do Optimus Prime no filme, ainda vi a geração logo a seguir com o Rodimus Prime, mas quando entraram as calamidades como Beast Wars, e as abominações do Michael Bay… não vale a pena falar sobre isso. Vou continuar fingir que nunca aconteceram assim como aquelas coisas estranhas que passam num canal de miúdos e o meu sobrinho mais velho gosta de ver.
Durante anos, faltou-me qualquer coisa no meu universo dos TRANSFORMERS, tive alguns, ainda há uns dias numa loja encontrei uma versão nova do meu primeiro, o Firefly, coincidências da vida… Continuando…, apesar da serie de animação, os livros de banda desenhada e os brinquedos sempre me faltou algo, e não era um filme, nem o Soundwave que ainda procuro a um preço acessível. Era um jogo, de consola, de computador, algo que englobasse o verdadeiro espírito dos TRANSFORMERS. Até que quando estava a ver vídeos da E3 vi que a PlatinumGames ia lançar o TRANSFORMERS: DEVASTATION e eu tentei não me entusiasmar, porque eu já tinha sido queimado com os filmes, e com os jogos derivados deles, mas depois vi o vídeo:
O meu coração saltou, aquilo parecia mesmo os TRANSFORMERS da minha infância, aquilo sim parecia ser o que me faltou estes anos todos, mas mesmo assim, tentei controlar o entusiasmo, era apenas um vídeo, e nós que andamos nisto há muitos anos, já virámos muito frango, sabemos que que pele pode estar estaladiça e crocante e por dentro está cru e em sangue.
Foi com um misto de ansiedade, medo, paixão e vontade que entrei na sala que a Activision tinha dedicada ao jogo na Koelnmesse meses depois, e fiquei surpreendido com o que encontrei. Uma pequena sala, onde estavam quatro monitores de um lado com cadeiras e comandos correspondentes e três deles ocupados, e do outro, um ecrã enorme, e mais dois homens, ao fundo via um Poster gigante com as figuras que cresci a ver. Enquanto me sento no único local vago, um dos homens apresenta-se e ao seu colega. Kenji Saito um dos programadores e director da Platinum (que já esteve encarregue entre outros de Metal Gear Rising: Reveangence). E ele pegou num comando, sorriu e começou a jogar, e a explicar o que fazia (em japonês, o outro traduzia). Descreveu como os personagens eram todos diferentes, com as suas particularidades, e como isso alterava a jogabilidade. Porque o jogo é um brawler de acção rápido pois isso também é característico dos jogos da época em que a série passava na TV. Mas acima de tudo porque quiseram respeitar o estilo da animação original e porque ele foi dos que exigiu que as transformações dos personagens fossem tão parecidas com as dos brinquedos quanto possível, porque era assim que tinham sido criadas, era assim que era suposto ser e não as mecânicas complexas dos filmes. (Quando ele disse isso, estive para abraça-lo emocionado, com uma lágrima quase a sair do olho, mas controlei-me.)
Depois ele disse para testarmos o jogo. Eu respirei fundo, peguei no comando, e começou a minha indecisão. Eu gosto deles todos, são todos diferentes, qual escolher? Optimus Prime, Bumblebee (VW Carocha), Wheeljack, Sideswipe, Grimlock? Eu sempre gostei de carros de Rally portanto, fui para o Wheeljack. E meus amigos, eu não tirava o sorriso da cara, aquilo É um jogo de TRANSFORMERS, finalmente, um jogo que eu quero jogar, e vou jogar, bastante. Do início ao fim com os personagens todos. Assim como joguei naquela sala até me pedirem para sair, para que mais pessoas pudessem ter o prazer de jogar, saí, contrariado, mas saí sem me expulsarem.
O que dizer acerca deste jogo, tanto bom como mau. O bom é quase tudo, a acção é rápida, as lutas também, e como foi feito por gente que gosta de TRANSFORMERS, e não quer só fazer dinheiro, percebem que as transformações são importantes, não são um gimmick, são uma parte essencial destes seres, é por isso que podemos correr pelas ruas, mas também podemos rolar por elas a alta velocidade, podemos lutar corpo a corpo com os inimigos ou ir contra eles enquanto disparamos, as próprias lutas pedem transformações, podemos combinar os dois, e isso torna a jogabilidade mais interessante.
Os gráficos são brutais, celshading fluído mas respeitando o estilo original, assim como os sons, desde as transformações até às vozes originais de Peter Cullen, Frank Welker e Gregg Berger.
O mau, até agora só vi uma coisa, só podemos escolher os cinco AUTOBOTS, não há hipótese de escolher DECEPTICONS, tanto quanto sei. É pena, porque daria um toque mais interessante ao jogo, nem que fosse apenas para um modo batalha pós-campanha, mas não se pode ter tudo.
Acabo por dizer que estou altamente ansioso por 6 de Outubro para meter as mãos nisto, porque finalmente encontrei-o, aquele jogo, em que alguém deu aquele toque…