Se costumam ler o Rubber Chicken, sabem que temos uma rubrica que se chama “Tudo ao Molho”, onde, semanalmente (vamos tentando, pelo menos), todos os redactores se juntam para escrever uma “opinião pessoal” (e isto, meninos, é uma redundância) sobre um assunto. Há uns tempos, foi-nos pedido que sugeríssemos temas que poderíamos usar futuramente. A primeira ideia que me veio à cabeça foi “A pior adaptação de um jogo ao cinema”. O tema acabou por não pegar, mas, depois de, na semana passada termos participado no visionamento de imprensa do filme Hitman Agent 47, é algo que não podia estar mais actual.
No Rubber Chicken, habitualmente não se fazem análises de filmes, tradição e directiva que não tenho intenção de violar, nem tenho pretensões de crítico cinematográfico, portanto, isto não é uma análise do filme, são apenas, chamemos-lhe assim, as primeiras impressões. Gostava de poder afirmar que depois da pobre prestação da primeira adaptação ao cinema, esta segunda instância faz jus aos videojogos, mas isso, infelizmente, não é verdade.
Hitman trata de um tema que não é novidade, o tropo do assassino implacável já foi tratado muitos vezes e de muitas formas, pelo que, o mais recente título teria que conseguir trazer algo de novo e fazê-lo bem para conseguir singrar. Não foi o caso. Este título peca, creio, por um enredo pobre, diálogos gastos e falta de ritmo narrativo, ficando aquém da experiência proporcionada pelos jogos. Como já disse a algumas pessoas, entre tantos tiros e explosões, este filme conseguiu ser aborrecido. Mentiria se dissesse que não me ri uma ou outra vez com uma ou outra piada, mas não foi o suficiente para ficar bem impressionado ou afastar o desapontamento.
Hitman Agent 47 não é a pior adaptação de um videojogo ao cinema, mas está longe de ser uma boa adaptação. O mais certo é que, depois desta estreia, tão cedo não voltem a colocar o icónico Agente 47 no grande ecrã. Resta-nos esperar que Hitman 6 da Square Enix esteja ao nível dos seus predecessores.