Apesar de eu ser um fã incondicional de livros e filmes de James Bond (não pelo titular personagem mas porque gosto dos chamados “vilões” da série, são uma espécie de exemplos “o que não fazer quando queremos dominar o mundo”) não vou falar de espionagem, armas ou Aston Martins. Mas enquanto bebo este Martini às 16h sob o sol de Lisboa, escrevo-vos acerca de duas empresas britânicas mais interessantes que conheci na Gamescom 2015 com o apoio da UKIE . A Fat Pebble Games e a Robo Pixel Games.
Vou começar pela Robo Pixel Games e o seu divertidíssimo Gunhilation.
Este absolutamente frenético, energético, irrequieto, rápido, e altamente difícil shooter é uma preciosidade. Eu tive o prazer de jogar um nível de Gunhilation na Gamescom, acompanhado por outro jogador e eventualmente, quando dei por isso, estávamos quatro a jogar num ecrã onde a acção não parava. Eu não reparei quando eles entraram no jogo, nem sabia qual era o meu personagem a certa altura, mas não para de rir com as animações e carnificina pixelizada (palavra que o meu corrector ortográfico não reconhece portanto não sei se existe ou se a inventei).
Se estes gifs (eu pronuncio jif) não forem o suficiente para vos aguçar o apetite imaginem o seguinte, esses cenários, mas com apenas 3 vidas, e uma dificuldade ao nível dos velhinhos Contra. Centenas ou mais que isso, de inimigos vindo de todas as direcções bidimensionais possíveis, cor, luz, explosões, acção, …coisas!
Não há muito para dizer sobre Gunhilation sem ser que é super divertido de jogar para quem como eu gostava dos Contra, e meteu muita moeda em máquinas de arcada com os Metal Slug.
Não é demais dizer que Gunhilation ganhou o prémio de jogo da Gamescom 2015 da UKIE , que apoia os developers do Reino Unido que vão à feira todos os anos.
A segunda companhia é a Fat Pebble Games.
Eu espero que eles não tenham reparado mas eu fiz um double take quando o Michael, da Fat Pebble me disse que os gráficos dos seus jogos eram em stop-motion. Mas felizmente não estava a beber nada senão tinha sido muito mal educado…
Eu entendo que há uma grande tradição de animação stop-motion no Reino Unido, Pat the Postman, Wallace and Gromit, Shaun the Sheep… oh… o que eu gosto daquela ovelha pequena com a chucha, e os porcos… hihihihi porcos. Bom, onde é que eu ia? Ah, sim, stop-motion. Como estava a dizer, há uma tradição em animação TV e posteriormente no cinema, mas em jogos? Eu perguntei sobre o tempo e os custos gerais de uma produção em animação real não era muito maior, e de acordo com o Michael não são, e valem a pena. Só posso concordar com ele.
Depois de sair da Gamescom, instalei no meu smartphone o Clay Jam, e por mais simples que seja, ele conseguiu fazer algo que julguei impossível até hoje. Eu gosto de um jogo feito para android/iOs. Não é um port de um jogo que eu já tinha em PC, é um jogo original feito para telefone. É simples mas é absolutamente delicioso. Talvez seja porque como a animação é “real” o tocar no ecrã não me parece falso, ou simplesmente porque me faz sentir uma criança outra vez.
A Fat Pebble está a produzir um jogo novo, uma espécie de jogo de estratégia em tempo real onde construímos um forte, e outros jogadores destroem-no, e vice-versa. Parece outro qualquer no estilo de Stronghold, Clash of Clans etc., certo?
Talvez seja, mas como construímos o forte com plasticina, peças de Jenga e outros objectos reais, parece-me muito mais interessante.
Comments (2)
Tive o prazer de falar com membros do ukie e é bastante interessante o wue tentsm fazer. Se bem que não são a única addociação britânica.
Não são a única, mas é um gosto ver que existem e o que fazem. Mas é algo muito comum no Reino Unido, em vários sectores, não só neste.
Não é um país que goste ou admire no geral, as associações e o espirito de entreajuda deles é das poucas coisas que acho exemplares naquelas terras.