Agrupe-se a multidão, prepare-se os tomates e o milho, vamos fazer a nossa walk of shame e desabafar quais são afinal:

OS jogos que temos vergonha de admitir que nunca jogámos

Miguel Tomar Nogueira

Metal Gear Solid. Quando ligo a PS4, a Xbox One ou o Steam, e percorro a lista de amigos, sinto o peso da culpa de nunca ter jogado a série Metal Gear, uma vez que está tudo a jogar o novo jogo. Não se pense no entanto que não foi por falta de interesse. Eu tentei. E voltei a tentar. E tentei mais uma vez. Aliás, tentei há um mês atrás e consegui um novo recorde: 4 horas. 240 minutos a tentar jogar Metal Gear Solid e a sentir mais uma vez que me estou a forçar a jogar algo só porque é uma das séries mais famosas e amadas por muitos.

Mas tenho 39 anos, tenho uma filha para criar, e tenho um backlog gigante de jogos antigos, buracos que me faltam pelo meio de séries como Silent Hill, Resident Evil, Castlevania, entre outros. Séries das quais eu gosto realmente.

Tentei o Metal Gear Solid, o Sons of Liberty, o Snake Eater, o Portable Ops, o Guns of Patriots, o Peace Walker e o problema foi sempre o mesmo. Ao fim de duas a três horas de jogabilidade (descontando as cutscenes) os jogos foram todos abandonados. E chego à conclusão que me conduz ao hate dos outros jogadores – se bem que todo este tudo ao molho vai gerar muitas virgens ofendidas – e que eu próprio tenho de aprender a aceitar: eu não gosto da saga Metal Gear Solid. Mas não faz mal. Também existem muitas pessoas que nunca jogaram Cyclone no Spectrum. Shame! Shame!

 

Maria João Marques

Miguel, roubaste-me o jogo. Mas felizmente tenho mais por onde escolher. Admito que tenho um problema… sou muito picuinhas com os jogos. Não gosto de first person shooters, a ideia de não ver a personagem faz-me confusão; não tenho paciência para grandes explorações, sou uma mulher de acção, perder tempo a revelar mapas não é coisa para mim; tenho medo de jogos de terror, mas aqui tenho mesmo pena, porque gostava de conseguir jogar tantos deles (sad Maria is sad); os MMOs aborrecem-me, there’s only so much looting one can take people! Enfim… não é qualquer um que entra na minha lista e me convence a dedicar horas e horas até o completar. Devidamente informados sobre a minha condição, afirmo, com um pesar na alma, que nunca joguei Fallout. Eu gosto de RPGs, a sério que sim. Tentei com o 3, forcei-me a jogá-lo, perdi tempo a criar a personagem, andei ali de roda um bom tempo… mas não consegui. Aquela terra completamente infectada de radioactividade não me convenceu. Desculpem. 

 

Bernardo Lopo – Epá, para a malta que vai dizer MGS, deixem de ser uns pussies, escolham um jogo, um qualquer, e joguem. Nem a partir do primeiro jogo é fácil acompanhar a história, o que determina o vosso nível de compreensão da mesma é apenas o tempo que vão perder na net a entender o que se passa. A série sempre se levou demasiado a sério e jogar uma vez e perceber tudo sempre foi uma tarefa quase impossível.
E não são jogos particularmente compridos. Se pusesse um de parte para não começarem a jogar seria o MGSV, porque a meu ver é um passo assumidamente fora do gameplay tradicional. Ainda assim, acho que é um bom jogo para se começar. A minha review já saiu.

Miguel Tomar Nogueira – Eu tentei quase todos Bernardo. Não é um problema de história. Nunca consegui gostar da jogabilidade. E fui sempre tentando quando saiam e voltei a tentar muitas vezes mais tarde. Não dá. É como os RTS. Não dá

 

Bernardo Lopo

Its fair, then. Eu vou falar sobre Monkey Island, um erro bem mais grave, julgo eu. E desculpem ter-vos chamado pussies principalmente sem ter lido o comentário do Miguel.

O que ia escrever foi completamente apagado da minha mente quando revelei ao resto da redacção sobre o que iria escrever. Estou neste momento fechado numa sala a aguardar o meu julgamento, escrevi isto num guardanapo e foi transcrito pelo señor Ricardo Correia.

Mas agora a sério: É uma falha grave, eu sei. Estive próximo, muito próximo, de comprar uma cópia de Escape from Monkey Island para a PS2 por míseros dois euros. Deixei o email na minha caixa de correio por responder por preguiça de o ir buscar em mão ou então má ocasião. Toda a gente me fala bem e aparentemente Rubber Chicken é uma referência de lá. E eu escrevo no Rubber. Ao menos, é o que eles dizem.

 

Miguel –  Bernardo Tens noção que é proibido estar no Rubber Chicken sem jogar Monkey Island? Sabes que há castigos sexuais previstos no código dos redactores?

Maria João – leaves quietly*

Johnny Rodrigues – *leaves the room quietly*

Tiago Leonel Ferreira – Proponho uma nova rubrica. Amarrar o Bernardo a uma cadeira e obrigá-lo a jogar Monkey Island. Podemos chamar-lhe “Macacos de três cabeças me mordam!” That’s what separates the men from the boys. BE A MAN!!!

 

Alexa Ramires

Esta semana o meu comentário extraordinariamente curto: Não existem – os jogos que não joguei e quero jogar – não desapareceram. Vou jogá-los eventualmente so….no shame – just game!

 

João Machado

Primeiro e acima de tudo quero dizer que vergonha é para quem rouba e é apanhado, eu não tenho vergonha de nada porque nunca fui apanhado.

Tendo dito isso, posso dizer que há jogos que me dão pena de nunca ter jogado ou sequer experienciado. Como por
exemplo o The Secret of Monkey Island.

Estou a gozar, eu e Guybrush Ulysses Threepwood somos amigos de longa data.

Mas falando a sério há 2 jogos que eu tenho pena de nunca ter jogado, o segundo contemplado (e as virgens ofendidas, como disse o Miguel, ou as mulheres barbudas podem começar a comprar material para o meu apedrejamento) é…

Half-life! E o Half-life 2! chan-chan!
Eu não gosto de First Person Shooters, e nunca tentei jogar Half-Life por isso, mas não vou entrar por aqui, este é só uma menção honrosa.



O jogo(s) que eu tenho mesmo pena, mas mesmo pena de nunca ter jogado, é a “série” Ico. Ninguém que eu conheça e ache que tem bom gosto, critica estes pela negativa. Eu nunca joguei nenhum deles, possivelmente nunca vou jogar, podem achar mal e perder o respeito pela minha opinião mas em minha casa, tirando uma Saturn e uma Dreamcast só entram consolas Nintendo. E por isso há algumas lacunas na minha experiência de jogo. Mas por outro lado, quantos gamers nunca meteram as mãos no Ocarina of Time? Super Mário Galaxy? Elite Beat Agents?

 

Ricardo Correia

Dizem que mentes semelhantes, pensam de formas semelhantes. E o que tenho a dizer vai soar desinspirado, plagiado até da resposta do João, mas a vida é assim e por isso é que a nossa amizade foi “paixão à primeira vista” quando nos conhecemos: temos muita, muita coisa em comum. Mas o problema foi mesmo de estar a fazer tempo com a hora de almoço para poder responder ao Tudo ao Molho desta semana. Há 2 jogos que tenho pena de não ter jogado.

O primeiro é Half-Life 2. Nunca fiz grande esforço para jogar FPS, e ainda que tanta gente mo aconselhasse foi sempre preterido no meu pouco tempo livre por outras pérolas que o ultrapassavam na minha vontade de jogar, e eram quase todos da Nintendo.



O segundo é o Ico. Joguei, chorei e amei (e amo) o Shadow of the Colossus, mas por alguma razão na época em que a minha PS2 era diariamente ligada, a prequela espiritual de SotC nunca viu a luz do dia. Eu sei que é um daqueles exemplos claros de uma obra-prima que tem de ser jogada, e que está para os videojogos como um Citizen Kane ou um Blade Runner estão para o cinema. Antes que me apedrejem, sim, vi estes filmes e adoro. É que tanto Ico como estes filmes são tão consensuais no que fazem bem, no que representem artisticamente e criativamente para os seus respectivos media que são objectos quase obrigatórios. Vou tentar suprimir estas falhas no futuro. Não sei quando, que tenho uma lista enorme de jogos para analisar.

 

João – O que é Blade Runner? É um jogo?

Ricardo – Por acaso é. E é muito bom.

João – É de plataformas? Ou estou a fazer confusão com o Chuckie Egg?

Ricardo – Chuckie Egg, Citizen Kane.

João – Confundo sempre os Clássicos. Tipo Manet e Monet.

 

Johnny Rodrigues

Como meu contributo, podem dizer todos os clássicos das consolas da quinta geração de consolas. Cheguei tarde ao mercado das consolas, tendo apenas adquirido uma Playstation 2 naquela febre do Natal em que podiamos convencer os nossos pais de que aquilo também dava para DVDs.

Portanto, ele é Resident Evils, Final Fantasy, tudo. Podiam fazer-me um caixão com as caixas de todos os franchises importantes que eu não joguei.

PC Master Race. YOLO.

 

Tiago Leonel Ferreira

Anyway… Então é para escrever sobre algo que tenha “vergonha” de nunca ter jogado? Isso é difícil, até porque acho que joguei a tudo aquilo que até agora quis realmente jogar. O resto desconheço. Quer dizer, talvez só a série Portal. Eu não sei o que é a Glados e a piada do “The cake is a lie” passa-me por cima da cabeça. Não o joguei talvez porque o género FPS não me atrai desde o Quake II (com uma ligeira excepção para a série Half-Life e para Borderlands). O mais perto que estive de jogar Portal foi a jogar Rock Band 2 – existia uma música do Portal que era DLC gratuito e a DLC dado não se olha o dente. Provavelmente nunca virei a jogá-lo – não o tenciono fazer, pelo menos.

Para não deixar a série Portal sozinha nesta lista (e porque me lembrei deste agora mesmo) vou deixar o nome de um jogo que nunca joguei, tenho vergonha de não ter jogado, mas esse sim tenciono jogar: Earthbound. Não sei porquê, não sei quando, não sei como, mas nunca aconteceu. Mas vai acontecer, me aguarde. I’m bound to play Earthbound.

 

Frederico Lira

GTA V. *fly away*

 

Isaque Sanches

Wii Sports Resort. Para mim um exclusivo de consola cujo título tem lá o nome dessa consola é sempre um must-play. O Wii Sports (para a Wii) é um clássico da era moderna que revolucionou os videojogos, tão fantástico que praticamente quase toda a gente que comprasse a consola também comprava o jogo. Muitas horas passei eu a jogar ténis virtual com aquela coisa branca. Infelizmente, nunca experimentei o Resort, o spinoff para a MotionPlus, aquele sistema em que a coisa branca era maior.