Esta semana o Tudo ao Molho foi novamente para uma área estranha, e colocou-nos uma pergunta (na realidade não) muito difícil e quisemos saber qual o

personagem dos videojogos que nos faria mudar de orientação sexual

Para responder a esta pergunta (e próximas perguntas) decidimos a partir desta semana convidar um amigo do Rubber Chicken para se juntar a nós. O nosso primeiro convidado é o grande e histórico Bruno Mendonça, ex-Director da BGamer.

Frederico Lira
Pensava que isto ia ficar entre nós, Ricardo. Foi só uma noite…

Bruno Mendonça
Não me enquadro na definição tradicional de macho latino e também não sou nenhum Don Juan conquistador. Digamos que sou um tipo porreiro, às vezes bem-parecido, que se sente sexualmente atraído por pessoas do sexo oposto. De qualquer forma é importante clarificar esta ideia e onde se lê “pessoas do sexo oposto” deve ler-se “uma pessoa do sexo aposto”. A minha “Maria” nunca perdoaria qualquer traição, mas correndo o risco de ficar com as malas à porta, devo confessar o meu enamoramento por Ezio Auditore da Firenze (desculpa amor, mas confia em mim, foi apenas amor platónico). Não me faria mudar de orientação sexual, mas que o homem tem os seus encantos disso ninguém tem dúvidas. Quem o digam Cristina Vespucci e Caterina Sforza… Umas sortudas essas moçoilas.

zeio

Roberto Gil
Polvo, no caso do Leonel?

Ricardo Correia
Shots fired.

Leonel Ferreira
Tu deixa o Cthulhu fora disto! Ele é só um bom amigo!

André Marrucate
Eu só quero ser lésbica.

Ricardo Correia
Vou aproveitar este Tudo a Molho para admitir: eu não sou um trintão com pelo a cobrir o corpo inteiro, mas sim uma adolescente histérica que suspira com personagens meigos que relembram o Leo Di Caprio no Titanic ou bad boys tipo o Brad Pitt no Meet Joe Black. O Squall Leonhart ou o Irvine Kinneas de FF VIII, cada um à sua maneira, têm os atributos que me fariam sair do armário, se eu tivesse de o fazer. Se tivesse de escolher um seria provavelmente o Irvine, que aqueles olhos azuis e o chapéu de cowboy gritam selvajaria e rebeldia por todos os poros.
*suspiro*

sofuckinggay

André Marrucate
Já agora, se há um jogo que me faria pensar em mudar de sexo, seria o Fear Effect. Acho que nenhum jogo passou tão despercebido à polémica e ao PNR. Tudo é lindo, é dos jogos que conheço que tem tanto antagonista como protagonista muito fortes, e não só, inspiram uma sensualidade bastante provocante. Eu diria que qualquer heterossexual que goste de mulheres estaria de acordo comigo, tudo nessa serie é soberbo. Ficamos hipnotizados e desesperantes por uma cena picante o que nos faz resolver quaisquer puzzles do jogo em tempo record pois o nosso cérebro ficou extasiado, foi o primeiro jogo que me fez pensar o quanto é bom ser uma lésbica com dotes de 007, Silent Hill ou Resident Evil ou até Parasite Eve não lhes chegam à cueca sequer. Eidos, por favor, quando pegares na sequela quero-as de volta mas não as quero menores de idade com peito de passar a ferro!

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Alexa Ramires
A Sigourney Weaver entrou em algum jogo? E a Ronda Rousey?
Não???
Então – nope – no other woman could do that wonder. Não sou preconceituosa nem pouco mais ou menos… I just really dont want to fuck women. Desculpa Lara Croft – serás SEMPRE parte de mim…. mas para sexo, ou a Sigourney ou a Ronda… otherwise – bring on Kratos.

Isaque Sanches

Desde que joguei Indigo Prophecy que fiquei impotente. Agora só me resta o ânus.

Alexa Ramires
Acabaram de me dizer que a Ronda Rousey entrou no jogo UFC 2014 – so… theres my answer: RONDA, I would be soooooooo gay for you.

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João Machado
Isto é uma daquelas complicadas, e tive que pensar bastante nisto. Tendo em conta que a maioria dos homens nos jogos são pretty boys ou brutamontes foi mesmo difícil.
Portanto as minhas escolhas teriam que cair em Ben Whatsisname do Full Throttle, porque: motas. Ou George Stobbard do Broken Sword porque parece ser bom rapaz.
Ou o Kirby. Por razões óbvias.

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Ricardo Correia
Eu ia pôr o George e imaginei que fosses pôr, portanto não o escolhi.

João Machado
Isto está-se a tornar problemático. Qualquer dia basta um de nós responder e fica para os dois.

Sérgio Serra
Se existe alguém no mundo dos videojogos que me fizesse esquecer que tem um pénis é a Poison do Final Fight.
Aquela mulh… aquele hom… aquilo, é muito bom!!!
Com ele… ela… à minha frente, a noite terminava com muita oralidade.

Poison_(Final_Fight)

Miguel Tomar Nogueira
Eu peço desculpa mas é muito difícil para mim responder a isto. É que eu gosto mesmo muito de gajas. Mas assim tipo muito. Confesso. Eu dispo-as todas com os olhos. Podem chamar-me básico, gorila, machista, o que quiserem, mas a verdade é que sempre que vejo uma mulher minimamente atractiva imagino-a nua.
Não existe homofobia em mim e sei apreciar a beleza num homem. Mas quando tento projectar como iria conseguir, ou quem poderia ser, embato no mesmo problema: gajas. Gosto muito de gajas.
Por isso só existe uma opção clara. O ou A Poison. É que assim mesmo que seja um dude, o meu cérebro pode ser enganado.
Sloppy seconds: Birdo do Super Mario (pelas mesmas razões que o Ricardo escolheu o Kirby noutro Tudo ao Molho).

Maria João Marques
Embora tenha sido eu a sugerir, confesso que me meti um bocado num beco sem saída… nunca tinha pensado nesta questão a sério. Mas a vida é feita de desafios e foi este que o Senhor (The Great Flying Spaghetti Monster) me pôs no caminho.
I’m a sucker pelos Assassin’s Creed e há qualquer coisa de sensual num homem que luta por vingar a sua família enquanto faz grandes truques de parkour. Chamem-me moderna ou millennial, mas a forma como o Ezio Auditore se mexe com aqueles pinotes e corridas pelas cidades italianas fazem-me pensar: “comia aquele pepperoni no topo da Torre de Pisa”.
Não sei explicar melhor.
Por outro lado também, não ponho na borda do prato os fatos de látex que o Sam Fisher (Splinter Cell) utiliza. Pensem bem, um homem com tanta arte para se esconder deve ser bastante útil para um jogo de Hide the Salami. A questão que fica no ar é: “será que dás por ele?”.

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Frederico Lira
“Pepperoni”.

Maria João Marques
Estou muito de enchidos, não estou?

Ricardo Santos
Nunca tinha pensado nisto antes, e como grande consumidor de jogos indie que ou têm personagens não-humanas ou sem grande personalidade à frente deles, na maioria, confesso que me foi difícil responder.
Mas depois de pensar seriamente no assunto cheguei à conclusão que teria de ser o Detective Inspector Frederik Jenks do jogo Contradiction – Spot The Liar! Um pequeno FMV que saiu este ano em Julho.
Porquê Jenks? Bem ele no meio de um jogo extremamente sério, por alguma razão parece ser uma caricatura da personagem escrita no guião. E no meio de caras estóicas uma que é tão desenho animado sobressai muito, e por alguma razão, em vez de achar mal feito achei que estava 5 estrelas.
Isso e parece ser o David Tennant em saldos misturado com o Indiana Jones.

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Ricardo Correia/João Machado (em uníssono) – <3

Leonel Ferreira
Saotome Ranma. “Pronto, lá está ele a fazer batota e a escolher um personagem que consegue mudar de sexo de acordo com a temperatura da água e que é um personagem de um manga e não de um videojogo” pensam vocês. Ou pelo menos assim se desenrola na minha mente. Bem, não interessa. O manga Ranma ½ teve vários jogos feitos à sua volta, como uns jogos de luta e um RPG bem porreiro para a Super Nintendo que nunca foi publicado fora do Japão (mas se procurarem com atenção conseguem encontrar uma boa fan-translation – e vale a pena para quem é fã).
E já que isto se refere à orientação sexual, até estou disposto a alargar o meu espectro de um panorama bissexual com Ranma para um homobestial, adicionando o seu pai Genma, um homem que se transforma num panda felpudo.
Agora levando isto mais a sério, seria capaz de me por na bicha para um triângulo amoroso entre Miles Edgeworth (Ace Attorney) e Akihiko Sanada (Persona 3). Existe alguma coisa em personagens masculinos de cabelos cinzentos e vestidos de branco e vermelho que simplesmente “clica” em mim.

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