O Natal de 1993 começava da melhor forma: desembrulhar o cartucho do jogo de Flash & Batman que há meses namorava na vitrina da loja. O melhor de 2 mundos, ali na minha mão – por um lado um jogo novinho para a minha Family Game, e por outro um crossover de 2 personagens que eu tanto gostava da minha amada colecção de BD. Colecção essa que tinha começado quatro anos antes, e que incluía a genial fase do Batman por Carmine Infantino e Neal Adams, e que, associados aos jogos e filmes do Homem-Morcego do Burton, fizeram-no ser uma das minhas maiores febres no início da década.

batmanflash

Coloquei o cartucho na consola. Escolhi o Batman (como é óbvio) e começo a perceber que todos os níveis são passados num mundo minúsculo e que as habituais gadgets do Batman estava omissas. Nada de batrangas, nem arpéu, nem nada que o identificasse. Mas conseguia pegar em chaves de casa (que eram maiores que o Batman) e arremessá-las aos inimigos.

Nessa altura surgiu-me a dúvida, porque a única vez que tinha visto personagens da DC Comics diminuídos tinha sido na história da Liga da Justiça Internacional publicada em Junho de 1991 na revista Justice League Quarterly #3 e publicado em Abril (pela Abril) de 1993 em Portugal (e no Brasil) na revista Liga da Justiça #52. O pior, do que me lembrava do enredo, é que dos 2 apenas o Flash era um dos membros da JL que foi diminuído ao bom estilo do Rick Moranis. Bem, mas isso, à época, importava-me pouco.

justice-league-quarterly-03-00

 

Uns anos depois percebi que Flash & Batman, esse cartucho tão ansiado por mim e por muita gente nos anos 1990 não era mais do que um hack do jogo Monsters in my Pocket da Konami para a NES. Um hack tão grande que o único trabalho que foi feito na clonagem foi substituir os sprites dos dois protagonistas pelo Flash e pelo Batman. Só isso.

mimp03

Tens o Flash e o Batman aí no bolso ou estás só feliz de me ver?