Eu sei que houve um reflexo pavloviano em muitos de vós de pensarem automaticamente nos cartuchos da candonga que todos comprámos para as nossas Nintendo da feira. Mas para falarmos do indie de hoje temos mesmo de voltar uns anos atrás, aos tempos em que Gauntlet e Bomberman eram alguns dos nossos jogos favoritos para nos divertirmos descomprometidamente com os amigos.
Knight Squad, o novo do estúdio Chainsawesome Game mostra-nos desde o primeiro segundo o que temos à nossa disposição: um jogo old school, com vista aérea, frenético, diversificado, mas acima de tudo muito, muito divertido. Com a possibilidade de ter até oito jogadores em simultâneo localmente ou online, este poderá ser dos jogos mais divertidos para se jogar numa noite de copos. Isto, se tiverem em vossa casa 8 comandos disponíveis para distribuir pelo vosso grupo de amigos. Ou numa noite de solidão ir jogar com mais sete jogadores controlados pelo computador. Aqui vale tudo.
Os controlos, ao bom estilo dos jogos da NES, são simples. Movemos e apontamos com os analógicos e atacamos (independentemente da arma) com apenas um botão. O ritmo com que estamos a morrer, a ressuscitar e a matar outros jogadores é extremamente intenso, sendo que houve alguns jogos em que eu quase me perdi no caos de ver os oito coloridos e cartoonescos cavaleiros a confluírem para o mesmo espaço.
Se a jogabilidade é simples e cativante, é na diversidade de modos que Knight Squad realmente nos conquista. Adicionando o DLC Extra Chivalrous ficamos com treze modos distintos, que embora sejam muito clássicos são genuinamente viciantes. Entre Domination, Team Deathmatch e Capture the Flag, que são modos que conhecemos de dezenas de outros jogos, adicionam-se outros bastante divertidos, tais como Soccer, em que temos de disputar uma bola gigante e marcar golo na baliza do adversário, Juggernaut, que competimos por uma gatling gun e Serial Killer, que nos obriga a matar os outros sete oponentes numa ordem específica.
Knight Squad possui um modo de single player que eu acho que está ali apenas para “Inglês ver”. O apelo do jogo é o caos e a diversão instantânea que conseguimos obter com qualquer um dos seus muitos modos. Jogámos este jogo na sua versão Steam, cujo lançamento coincidiu com a oferta do jogo aos subscritores de Games with Gold do mês de Novembro. Um dos jogos multiplayer mais divertidos e mais simples que nos passaram pelos comandos nos últimos tempos. A provar que quando regressamos a conceitos primoridiais dos videojogos de forma honesta, percebemos que a diversão é intemporal.
