Não me perguntem como encontrei este vídeo, duvido que queiram saber. O seu conteúdo é bastante peculiar e talvez por isso me deixe perplexo. Sempre olhei para museus como forma de dar visibilidade e destacar objectos pelo seu valor ou importância histórica. Construir um museu de má arte é, para mim, destacar o erro e o fracasso, que faz todo o sentido: falhar é uma forma perfeitamente legítima para alcançar progresso mas, por outro lado, também um motivo de vergonha ou embaraço para muitos autores.
Mas nem toda a má arte é boa má arte. Como referem no vídeo, às vezes este museu recebe quadros de autores que estão propositadamente a fazer má arte e portanto, essa é má má arte!
E o motivo de determinados jogos serem maus maus jogos está inerente às suas ambições como obra. Ir ao encontro do preconceito de qualidade da maioria das pessoas durante o processo criativo é, indiscutivelmente, procura desesperada por dinheiro para fazer subsistir uma entidade e de uma enorme falta de consideração pelos criadores que não dispõem dos mesmos meios e poder para promover educação. Dar família, futebol e Fátima às pessoas é suficiente para as fazer felizes, mas dar-lhes educação é sempre uma melhor opção.
Por outro lado, a indústria dos videojogos vive sustentada também por estes maus maus jogos. Se não existissem talvez não houvesse espaço no mercado para bons jogos e, mais importante que estes, maus jogos. Como já disse, são os maus jogos que motivam progresso e, além disso, sem eles não conseguíamos identificar um bom jogo e dar-lhe o respectivo valor.
E aproveito também para desejar a todos os amigos e leitores do Rubber Chicken um próspero ano novo cheio de bons jogos e menos remakes e remasters. Damn, já chega…