Tenho andado com algumas coisas encravadas na minha garganta e não quero levar isso comigo para o ano novo. Com votos do melhor para todos, despeço-me de 2015 com este artigo de merda sobre toda a merda que marcou estes 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos.
Garbage Simulator
Já joguei cerca de 100 horas de Fallout 4 e ainda não consegui determinar se merece estar no cume da pirâmide dos melhores jogos do ano. As expectativas que tinha do novo RPG da Bethesda eram bastante altas, tão altas que me fizeram marcar uma viagem de avião até Los Angeles na esperança de ser anunciado durante uma das maiores conferências da E3. Só me enganei com dois pormenores: o primeiro era de ver Ron Perlman a subir no palco e declamar “Your life is about to change”; o segundo que seria seguramente no palco da Microsoft. A Bethesda obrigou-me a desmarcar o dia que tinha dedicado para viajar até Tijuana para comer um burrito, acompanhado de um sombrero de dois metros na cabeça, ao anunciar a sua própria conferência e que veio confirmar um dos anúncios mais aguardados de sempre. E começou a contagem decrescente para aquilo que seria o melhor jogo de simulação de reciclagem de lixo.
António Costa “eleito” Primeiro Ministro.
Isto não é propriamente o pior de 2015, mas será provavelmente o pior de 2016. Só esperando para ver, mas o que interessa não é ver Portugal à Frente, é ver Portugal na Frente. De acordo com as expectativas, são mais 4 anos sem financiar a Indústria dos Videojogos que está a ser “canalizada” para o cinema.
A estratégia de Kojima
179 Milhões de dólares no dia de lançamento. Este é o balanço de vendas de Metal Gear Solid V: The Phantom Pain só no primeiro dia, mais que a maior parte dos filmes de Hollywood numa semana. O que justifica um número destes? Ser tão falado como Star Wars, mas sem tanta gritaria com merchandise.
Na Gamescom 2014, Hideo Kojima teve direito a um palco só para ele. Porque Kojima é deus. Em 2015 Kojima não teve direito ao mesmo palco. Mas Kojima continuou a ser um deus. Dizem que deus está em todo o lado, o que faz com que até os ateus se questionem sobre a existência do mesmo. E qual a melhor estratégia para vender que não colocar todos a falar do mesmo deus com uma pitada de drama à mistura?
O Correio da Manhã e a Marmita de Marcelo
Inicialmente, pensei que “Marmita” era um nome próprio (pesquisando, podemos encontrar Marmita, Marmota e Marmute) e só depois, ao clicar na notícia do CM, percebi que Marcelo Rebelo de Sousa, afinal, anda com uma marmita debaixo do braço. Ora, eu acho muito bem que os políticos comecem a fazer uso das marmitas com comida caseira e gastem menos dinheiro em restaurantes. Mas se olharmos bem, há alguma razão na curta entrevista a Edgar Silva, candidato à Presidência, que abusa do restaurante e acusa bem o Marcelo de fazer uso de muitas marmitas para chegar ao restaurante.
Herpes.
Star Wars: Battlefront
Star Wars: Hardline
Donald Trump
Ia escrever um piropo acerca do cabelo, mas posso ir preso.
Criminalização dos piropos
Terminou a cuspidela para o chão e termina aquele perigoso piropo que pode alertar as autoridades, que é insinuar que o pai de alguém deve ser terrorista por ter feito uma bomba. Mas se é para criminalizar os piropos, devemos ter em conta aquele que diz “vamos tapar buracos?”. Contudo, isto é tudo um atentado à liberdade de expressão, mas haverá sempre volta a dar com um simples metamorfismo “Tenho um novo banco para a tua situação líquida”.
Os 15 minutos de fama
O fanatismo religioso não provém apenas do médio oriente, como alguns ainda pensam e transmitem como verdade absoluta. No outro lado do Atlântico, também há quem pense que a religião e os seus direitos ou crenças religiosas estão acima da lei e da dignidade humana. Kim Davis não só usou do seu fanatismo enquanto entusiasta cristã de direita para impedir o casamento de casais do mesmo sexo, como fazia serviço público enquanto agente de Deus. Ora, e enquanto estive nestes dias a jogar Fallout 4, faz-me lembrar a igreja dos filhos de Atom. Porque também veneram radioactividade, mais numa fase de half-life.
Capa da TIME para Realidade Virtual
Palmer Luckey, o criador de Oculus Rift, esteve na capa da revista TIME. Foi, talvez, a pior capa de sempre da mesma revista. Talvez das piores capas de sempre de qualquer revista (exceptuando aquela da Maya na FHM). E como a internet não perdoa, rapidamente se espalharam memes da mesma imagem.
Isto recorda-me outra situação, também deste ano…
Afro Samurai 2: Revenge of Kuma
Um dos maiores falhanços da história dos Videojogos (não tanto como a criação dos DLCs) foi levada a bom porto. O jogo publicado pela Versus Evil foi retirado das vendas de tão má produção, e prometeram, além de um pedido de desculpa, devolver o dinheiro aos compradores. É raro ver uma empresa agir correctamente com os seus clientes, tal como fez a Warner Bros. ao vender casas sem telhado no Steam…
Mas não faz mal. Dêem cá um abraço, e o dinheiro, estão perdoados.