De vez em quando cruzamo-nos com um daqueles jogos na Google Play cujo conceito é tão espectacularmente ridículo que não conseguimos deixar de experimentar. Cavity Kanojo é um desses jogos, começando no nome: “Cavidades? ‘Ca nojo!”
Senhoras e senhores, os Queen com Adam Lambert!
…Ok, pronto. Estava a brincar. “Kanojo” na realidade quer dizer “namorada” em japonês, por isso o jogo refere-se às “cáries da nossa namorada”. Ou às “cavidades da nossa namorada”. Não sei. Estou confuso. Este jogo deixa-me confuso.
Isso é uma cárie que está aí a espreitar ou estás contente por me ver?
Cavity Kanojo, da Tokyo Otaku Games, consiste numa série de mini-jogos que decorrem na boca de uma rapariga, assolada por bactérias demónicas que só saem de lá arrancadas à força. No mini-jogo principal nós somos um dentista / caçador de demónios que tem a tarefa de limpar / exorcizar a região bucal dessa rapariga.
O jogo também existe em português, se bem que não sei como é que vamos perceber o que as meninas dizem dado que vão andar a maior parte do tempo com a boca cheia.
Após sermos bem sucedidos num par de mini-jogos podemos descobrir espécies novas de bactérias que provocam cavidades, que podemos colecionar como quem coleciona selos. Ah, e se ainda não repararam existe todo um inuendo sexual com cavidades, gargantas fundas e expressões faciais estranhas feitas por raparigas de idade que pode ser, ou não, legal. Conforme vamos jogando vamos “destrancando” imagens, novas raparigas e novas bocas para exorcizar.
É um daqueles jogos gratuitos que temos de esperar tempo para poder continuar a jogar – ele tem uma espécie de cargas que representam o número de vezes que podemos jogar, simbolizadas por escovas de dentes, obviamente. É possível comprar escovas com dinheiro real para poder voltar a jogar imediatamente, mas não vejo porque quereriam fazer isso, a não ser que tenham algum fetiche com bocas ou demóniozinhos imaginários. Este é um daqueles jogos que eu aconselharia como exemplo a seguir a estudantes de Medicina Dentária da mesma maneira que aconselharia o Indiana Jones como um exemplo a seguir para estudantes de Arqueologia.
Tudo em nome da ciência!
