Não sei se é da crescente receptividade que Trump tem tido e a grande possibilidade de ser o candidato Republicano à presidência, ou os jogos com temáticas apocalípticas têm estado na ordem do dia. Ainda há pouco mais de um mês defrontei-me com um excelente metroidvania que falava sobre a extinção da humanidade, e agora cai-me outro indie no colo com a mesma temática. Mas aqui não foram as sessões de solário de Trump, a inteligência da Bernardina ou mais uma quase-epidemia-tipo-a-gripe-A-que-afinal-não-era-nada que acabou com o mundo. É algo ainda mais clássico. Ora perguntem ao Cameron que ele conta-vos. Ao James, que o David até pode saber qualquer coisa disto.

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A sci-fi bem avisou, mas a Humanidade em Good Robot lá decidiu criar uma série de autómatos inteligentes para proteger a terra. Mas, tal como o mito do estereótipo do adepto benfiquista faz quando a equipa perde, os robots revoltam-se a acabam por exterminar todos os humanos. A empresa PyroCorp, responsável pela sua criação, pega então no último robot bom e confere-lhe a missão de apagar todos os vestígios de culpa da companhia na revolta dos robots. E para isso tem de destruir todos os restantes robots que povoam a Terra.

Fiquei com a dúvida se a PyroCorp é uma espécie de Skynet. É que se não existem humanos vivos quem é que deu instruções ao Good Robot para levar a cabo a sua missão.

Good Robot (1)

Good Robot, da Pyrodactyl é um roguelike, e como todo o bom roguelike é completamente gerado processualmente. Diria até que para twin stick shooter/roguelike é bastante fácil comparando com tantos outros que têm saído e que são de arrancar cabelos, e na primeira playthrough acabei por derrotar grande parte dos bosses do jogo. O grande problema? Dificilmente Good Robot vai conseguir evidenciar-se num mercado ultra-pejado de muitos outros jogos semelhantes. Visualmente relembra-se dezenas de jogos lançados nos últimos 2 anos e do ponto de vista de mecânicas, setting ou abordagem poucos argumentos tem para se distinguir num mercado indie cada vez mais concorrente entre si.

Good Robot (1)

É um jogo divertido, ainda nos arranca alguns sorrisos durante o seu decorrer, mas que também cai num aspecto relativamente genérico. E parece que esta é a semana dos genéricos…

Anteontem apostava que Overfall será bastante falado ao longo do ano, aposto também que quase ninguém falará deste jogo. Não é de admirar…