aDOTA-me #6 

A proposta do aDOTA-me desta semana é um dos primeiros jogos que testei enquanto custom game no Dota 2 Reborn. Sendo um dos mais antigos, a verdade é que Dota Run não deixou de ser actualizado, mantendo um bom número de jogadores activos. Na verdade, há perto de 1,5 milhões de jogadores com o jogo instalado, e isso é uma base de jogadores bem maior que muitos dos jogos oficiais de estúdio que por aí andam. Por isso e por ser um jogo que se destaca pela sua jogabilidade e originalidade é que vos falo dele esta semana.

Global range missile?! Daaaamn!

Se Mario Kart, Lego Racers ou Crash Team Racing foram do vosso agrado, Dota Run merece ser experimentado! O jogo coloca-nos na pele de uma personagem do Dota 2, válido apenas para efeitos cosméticos (e o jogo irá utilizar as skins e cosméticos que possam ter associadas a cada personagem), uma vez que todos são iguais em termos de velocidade. A pista, sinuosa, permite que até dez jogadores se defrontem numa verdadeira arena de vale-tudo.

Earthshaker hell!

Não procurando dissociar-se do Dota 2, antes abraçá-lo e incorporá-lo, Dota Run usa itens do jogo, como Force Staff, Blink Dagger, Ethereal Blade ou Eul’s Scepter, e inúmeras habilidades, como o Shackle Shot da Windranger, Toss do Tiny ou Torrent do Kunkka. A ideia é jogar sujo mesmo, e tudo o que possa prejudicar os vossos adversários, ajudar-vos a cortar caminho (embora só passando por cima dos diversos checkpoints se apanhem novos items ou habilidades de uso único) ou esquivar-se das armadilhas do mapa ou dos vossos adversários é válido. Espalhados pelo mapa estão também algumas personagens do Dota 2, como Pudge, Techies, Magnus ou Earthshaker, cada um deles usando os seus signature skills para prejudicarem os corredores.

MIL! Mil habilidades e items! Ou mais! Aí umas duzentas!

Tudo junto, misturado, sacudido e trabalhado, faz de Dota Run um excelente jogo para descontrair, com a acção a desenrolar-se freneticamente por entre cliques de rato e esmagamento compulsivo de teclas, com os jogadores a acotovelarem-se, rasteirarem-se e cuspirem-se para tentar atingir o pódio. Há pontos a melhorar, claro, e faltariam mais pistas para a acção se tornar mais variada, mas T! e Jagdos, os criadores do jogo, têm-se mostrado activos, com alterações pontuais ao jogo e com a disponibilização do código-fonte deste para que outros possam também colaborar. Não será o jogo ideal para se jogar sozinho, porque divertido mesmo é ir trocando impropérios com alguém em VOIP, mas é de instalação obrigatória para quem gosta de jogos de fast-paced-dirty-racing!