aDOTA-me #11
Não havia maneira de contornar um dos maiores êxitos destes custom games para Dota 2. Lançado oficialmente pela Valve, com acesso a servidores dedicados, Overthrow é extremamente composto. Não há grande coisa mais a desenvolver ou completar: o jogo é isto e pouco ou nada lhe falta.
Com modos para todos os gostos e feitios, Overhtrow é uma espécie de Deathmatch que permite jogar sozinho ou com grupos de dois, três, quatro ou cinco amigos. O objectivo é simples: ser o primeiro a matar o número de inimigos necessários para acabar o jogo ou liderar a tabela (sozinho ou em equipa, claro) quando se acaba o tempo limite. O número de mortes varia consoante a composição das equipas. Se estivermos a jogar sozinhos, o primeiro a atingir as 20 kills ganha, ao passo que se estivermos com uma equipa de cinco membros, o limite são as 50 kills. O número de equipas também varia, indo das 3 equipas quando se joga em grupos de 5 e aumentando consoante diminuem os número de jogadores por equipa.
Os mapas também são diferentes, procurando adequar-se ao número de jogadores e equipas envolvidas. Em comum têm, além da base de cada equipa, que inclui uma fountain para regenerar, uma loja e uma torre de defesa, uma área central que, em alguns dos mapas, está rodeada por armadilhas. A simples presença nessa área central confere dinheiro e experiência para fazer evoluir a personagem. Ocasionalmente, são cuspidas umas moedas que valem 300 de gold. Assim como um ricaço a atirar despreocupadamente uma nota de 500€ para o meio dos pedintes. Serve como forma de estimular o conflito, se é que tal era necessário. Ora, como se luta em várias frentes, com um mínimo de 3 equipas, alianças estratégicas – e absolutamente temporárias – estão constantemente a ser criadas e dissolvidas. Não há lealdade ou fidelidade quando uma equipa está prestes a sagrar-se vitoriosa.
Ora isto permite uma série de estratégias distintas. Desde a mais tradicional à claramente oportunista, que se esconde pela calada e surge apenas para dar o golpe final num inimigo cambaleante, passando pelas estratégias de negação de área, sendo que manter os inimigos afastados da área central é logo um prenúncio de sucesso, à pura mobilidade que permita capturar itens que, de tempos a tempos, são enviados para pontos específicos do mapa, com pompa, circunstância e anúncio para todos, como quem diz “matem-se! que chegar aqui primeiro fica com isto”. É que, num mini-jogo com o tempo e dinheiro contado, um item de vários milhares pode fazer toda a diferença!
Overthrow é, então, o rei do deathmatch no Dota 2. Equilibrado, com aleatoriedade suficiente para não haver nunca dois jogos iguais, com muito caos à mistura. Deve servir-se bem fresco, com uma ou duas pedras de gelo, sem levar muito a sério.