Polícia Investiga Overwatch
Overwatch foi lançado há uma semana, e ainda ninguém recebeu ameaças de morte.

O jogo está há venda desde dia 24 de Maio e nenhum funcionário da Blizzard Entertainment ou da imprensa relata ter recebido ameaças de morte, quer por email quer por telefone. A polícia norte-americana está a investigar o caso.

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Trata-se de um caso “sem precedentes”, explicou à IGN Chris Metzen, director criativo de Overwatch – “Desde 1998 que não há registos de um videojogo que tenha durado tanto tempo sem alguém receber ameaças de morte por parte da comunidade gamer após o seu lançamento. Estamos perplexos e alguns de nós estão assustados”.
O último jogo a bater o recorde foi The Settlers III – passaram-se seis dias desde o lançamento até que a Blue Byte Software recebeu uma carta que com descrições vividas de violações, homicídios e necrofilia que envolviam os empregados do estúdio e as famílias dos mesmos, mencionados a nome, enviada por um grupo de fãs de The Settlers II que assinaram todos, no fim do documento, com os seus nicknames de Ultima Online.

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A polícia não põe de parte que alguém possa vir a receber uma ameaça de morte em breve, mas suspeita algum tipo de operação criminosa organizada por detrás da situação.
“Quando se trata de fãs de videojogos, esperar sempre o pior. Oremos” escreveu no Twitter Christopher Grant, editor-chefe de Polygon – Metzen, por sua vez, respondeu-lhe “já reforçámos a segurança e mudámos as fechaduras todas da sede esta manhã. Não há de ser nada.”
Numa entrevista à Vice o ano passado Metzen contou que dois dias após o lançamento de Diablo III, onde trabalhou enquanto produtor, o seu carro pegou fogo durante a noite, e que a sua filha foi raptada dois anos antes, durante um patch de World of Warcraft: Cataclysm.

Sean Murray, director de No Man’s Sky (um jogo que ainda não foi lançado), tem sido alvo de ameaças de morte recentemente e comentou também a situação. Ainda dia 28 escreveu no Twitter “recebi montes de ameaças de morte esta semana, mas não se preocupem, a Hello Games agora parece a casa do Sozinho em Casa”. Hoje escreveu “com esta situação do Overwatch tenho medo de ser atacado outra vez por um jogo que nem fiz. O ano passado fui agredido por causa do Fallout 4.” Acrescentou: “O álcool ajuda-me a esquecer que faço jogos”. Horas depois publicou outro pedido de desculpas aos fãs do jogo não existente no blog da PlayStation, como o fez há dias, desta vez pedindo misericórdia e terminando com uma citação do Evangelho.

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Update (7 de Junho): Steven Bogos, redactor de The Escapist, confirmou há poucas horas que recebeu uma ameaça de morte pela sua análise a Overwatch. As autoridades garantem que a ameaça é genuína e que já não há motivos de alerta, pelo deram por concluída a investigação.