O pessoal aqui no Rubber Chicken já sabe que se é algo que envolve espaço (sideral e arredores) ou estratégia eu gosto de meter lá as mãos, portanto quando chega à redacção um título que mistura os dois para ser analisado, eu chego-me logo à frente para o testar. Quando digo chegar à frente inclui partir dentes e o que alguns consideram ameaças, mas eu considero um conselho de colega, tipo “Seria uma pena o teu carro incendiar um destes dias, nada relacionado com teres ficado com este jogo…”
Portanto quando apareceu Space Run Galaxy, toda a gente olhou para mim, e eu acenei que ficava com ele.
Feito pela Passtech Games e disponível a partir de dia 17 de Junho, é um pequeno indie de gestão estratégica, que tem muito mais do que aparenta à primeira vista. O conceito em si é simples. Nós, donos e pilotos de uma nave com um sistema de inteligência artificial bem desenvolvido somos contratados para fazer entregas por uma espécie de “facilitador” de negócios. E basicamente é isso, temos que carregar a nossa nave com carga e transportar a dita do ponto A ao ponto B. Simples.
Ou nem por isso? Eh… vamos ver.
No que diz respeito aos transportes, em teoria são simples, até o caminho é em linha recta. Mas isso não faz do caminho fácil. Como podem ver pela imagem abaixo a nave é composta por peças hexagonais (mas já lá vamos) e no canto inferior direito existe uma espécie de tracker que controla o tempo da nossa entrega em comparação com outras iguais. Quanto mais rápido, mais estrelas no feedback do nosso cliente e maior a recompensa.
Mas chegar lá em primeiro, não costuma ser complicado. Difícil é chegar lá.
Quando começamos a nossa entrega a nave tem a ponte e um propulsor. Além disso temos que ocupar casas com a carga, quanto mais ou maior, mais espaço ocupa. Até aqui não reinventaram a roda, estão simplesmente a respeitar as leis da física (tanto quanto possível). Após arrancar, vamos podendo, aos poucos, acrescentar itens à nossa nave (previamente pesquisados e construídos no estaleiro), portanto os pontos de construção (ou recursos se preferirem) são limitados, e uma opção errada muitas vezes dita o falhanço da entrega.
Colocar propulsores fazem a nave andar mais depressa obviamente. E canhões defendem-na de meteoritos e ataques de inimigos, a dificuldade está no quando escolher e onde colocar. Os canhões são apontados antes da construção e fixos numa posição, que dificulta a decisão. E tendo em conta que estas decisões têm que ser tomadas em tempo real aumenta exponencialmente a dificuldade.
Até agora, nesta versão inicial não reparei em bugs de grande ou pequeno porte. Os gráficos são suaves apesar do seu aspecto retro, nas missões mais avançadas tem muito a acontecer ao mesmo tempo e aí se pode notar mesmo o trabalho gráfico. É de louvar também o voice acting completo tanto nas missões principais como nas áreas “laterais” como na oficina ou mercado.
Space Run Galaxy, só está disponível a partir de dia 17 de Junho, e não tem preço anunciado ainda. A meu ver, para quem gosta de jogos de estratégia que gradualmente e impiedosamente se vão tornando mais complicados e recompensadores acredito que vale bem qualquer preço que peçam até €25.
