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Odin Sphere Leifthrasir  desenvolvido pela VanillaWare, publicado pela ATLUS.
Aprox. 2,45 minutos de leitura (250 wpm c/taxa de compreensão de 60%). Tempo recomendado a despender: 4 minutos (tempo do autor durante a revisão).

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Foi no início deste ano que falei sobre Odin Sphere no Rubber Chicken, âmbito da nossa rubrica Post Scriptum (de diminutivo PS, sendo reminescente do suposto título original de PS: I love you onde PS obviamente referente ao Partido Socialista). Hoje escrevo para esta enumeração de caracteres (a que chamamos website) por motivos diferentes: a demonstração jogável para Odin Sphere Leifthrasir ficou disponível na PlayStation Store, que recomendo desde já a descarregarem. Mas eis a questão:

odin sphere leifthrasir (1)

such pretty art, wow

Eu não escrevo antevisões para todos as demonstrações jogáveis públicas que jogo, porquê fazê-lo desta vez? Bem, eis o motivo:

Odin Sphere foi lançado originalmente para a PlayStation 2 em 2007 no Japão e na América do Norte, acabando só por sair na Europa um ano depois, 7 anos depois do lançamento da consola, 2 depois do lançamento da sua sucessora. Poderão ler mais sobre ele aqui, onde falo sobre as suas mecânicas, história, música, arte e confirmar a minha opinião sobre o combate: a par da arte, é claramente das coisas que mais caracteriza Odin Sphere. E o combate apresentado na demonstração não vai de encontro às expectativas.

O combate vai de encontro às expectativas de quem está à procura de um jogo novo e certamente deixa boa impressão. Comparemos com o combate com o de Muramasa, apesar de, devido às habilidades antes disponíveis num time-stopping menu estarem agora mapeadas para combinações de hadoukens e afins. Realizar drain de pontos de experiência (photons) é agora automático por defeito, marginalizando toda a mecânica de gestão de recursos descrita no artigo de PostScriptum.

odin sphere leifthrasir (3)

Será marginalizar mecânicas o novo preto?

O que também marginaliza essa mecânica de gestão de recursos é o combate: foi re-trabalhado abolindo o consumo da barra de stamina, e o dano infligido pelos inimigos mantido (ou até, arriscaria, diminuído), tornando todo o combate numa mashing spree! A mecânica de combate, como está, necessita de ZERO habilidades além do combo básico, e o facto de haverem muito poucas janelas para ataque durante o combo da nossa personagem e haverem quase nenhuns ataques que partem o nosso combo (a julgar pela grande variedade de inimigos na demo e à excepção de um nos bosses) faz com que a necessidade de restaurar energia seja mesmo muito próxima de zero (acrescento que, ainda por cima, a vida é restaurada quando a personagem sobre de nível).

Claramente o combate do jogo sofreu um enorme processo de normalização para ser bem recebido pelo maior número de pessoas diferentes. O jogo descaracteriza-se e mantém mecânicas que se tornam completamente inúteis (que poderiam também ser cortadas) devido a formalismos. Será claramente um jogo mais fácil que (inevitavelmente) terá de ir buscar o seu charme à sua história, história essa que, como descrevi, é interessante mas (opinião puramente pessoal de seguida) cansativa para ser revivida de cinco pontos de vista diferente.

odin sphere leifthrasir (2)

Pás pás pás! Para verem quem manda aqui!

Tenho a certeza que Odin Sphere Leifthrasir será acariciado pela crítica de forma incansável e, a meu ver, poderá até ser completamente merecido: será um jogo fácil de pegar com uma arte e banda sonora vibrantes junto a todos os outros jogos disponíveis no mercado. É também a arte e a banda sonora que tornarão, juntamente com as batalhas memoráveis contra bosses, o combate suportável durante a sua longevidade de entre 40 a 80 horas (se estiver de acordo com o jogo original). Mas tem um combate completamente diferente de Odin Sphere e isso merece ser apontado. Um combate que não foi necessariamente melhorado, mas sim modificado.