Excubitor: cada vez que encontro um jogo com um título em latim, idioma do qual gosto muito, apesar de não lhe prestar a devida atenção há anos, fico curioso por saber se os produtores e criadores se deram ao trabalho de ir procurar um termo existente ou se sacaram um “Ameno” da cartola. Se não percebem a referência, shame (tlim tlim tlim) on you. Dica é uma música dos ERA.
Assim, quando me entregaram o Excubitor para analisar, logo após instalá-lo e de o experimentar pela primeira vez, fui ao belo do meu motor de busca predefinido (não quero que alguém se sinta discriminado por estar porventura a favorecer um em detrimento de qualquer outro) e fiz uma pesquisa epidérmica pelo termo. Qual não foi a minha surpresa quando me apercebi que, de facto o termo existia, significando em português “guarda” ou “sentinela” e hodiernamente compondo o nome científico de uma família de aves não sei se canoras. Suponho que o título foi escolhido pela sua valência original, mas, se fosse por causa dos passarinhos, também não me chocava.
A nossa principal missão, neste jogo desenvolvido pela Tesseract Interactive e editado pela Kasedo Games, disponível no Steam, é pilotar a Hamerhead, uma espécie de caça-bombardeiro, altamente personalizável, que é a primeira linha de defesa da Antares, sua nave mãe, destacada para investigar uma série de mundos, essencialmente colónias mineiras que, de um momento para ou outro ficaram offline. Essas colónias são importantes, porque aí mina-se um elemento capaz de suprir todas as necessidades energéticas da humanidade e porque precisamos de um palco suficientemente remoto para a história do jogo acontecer sem nos perguntarmos como é que o inimigo tem centenas de naves e nós só temos uma. O nosso inimigo são drones autónomos que, por algum motivo se rebelaram. Resumindo, se a Antares falecer, perdemos o jogo e temos que começar o nível do início.
Não jogamos Excubitor pela sua história, aliás, rapidamente nos esquecemos dela, pelo menos foi o que aconteceu comigo. Excubitor é um jogo de acção, de tiros, como se dizia antigamente. Trata-se de um shooter top down aéreo, temperado com elementos de tower defense e de rpg, como a evolução das características da Hamerhead. A mecânica é simples, no início de cada “nível” temos algum tempo para preparar as nossas defesas, instalando diverso armamento e os geradores necessários para o alimentar. Posto isto, temos que sobreviver às várias levas de inimigos, correndo-os a chumbo. à medida que superamos os vários níveis e avançamos na história, vamos desbloqueando upgrades para a nave, novas armas, novas torres e níveis superiores para as mesmas.
Creio que este jogo poderá apelar a dois tipos de jogadores em particular, aos fã de top down shooters e aos fãs de tower defense. No entanto, se os primeiros encontrarão um jogo, capaz de evocar a memória dos clássicos, com alguns níveis muito bons, mas em que não há um sentido de progressão linear e equilibrado; os fãs de tower defense poderão ficar desiludidos, pelas limitações do sistema de construção e upgrade.
Creio que os estúdio ao desenvolver este título, pôs em práctica uma excelente ideia, no entanto, precisa apurar.
Tomem do trailer: