A partir do momento que o nosso editor me cedeu a cópia de Free the Blobs para este artigo, e disse que era um jogo para mobile, por alguma razão que apenas profissionais do estudo da mente podem tentar responder, que sempre que penso no jogo, lhe chame Touch me Balls, mas com a voz daquele duende irlandês que às vezes aparece nos Simpsons.
Com todo o respeito pela Wookanana Limited, este pequeno puzzle game é muito mais do que parece à primeira vista. Muito provavelmente inspirado em centenas de jogos semelhantes na NES já falados aqui, o sistema é simples mas desafiante. O objectivo, levar as titulares blobs até um ponto de saída movendo-as por cursor ou swipe até ao ponto de fuga. Dificuldades? Elas movem-se em simultâneo, e têm que chegar ao ponto de fuga ao mesmo tempo, ou seja não só temos que as movimentar por casas onde apenas uma ou outra chega, como elas têm que se fundir antes do final, vejam o vídeo para exemplificar.
Ora, pode parecer fácil, mas às vezes conseguir que elas se combinem num jogo de gato e rato por casas quadradas, em que quando uma se chega para a direita a outra também, e de repente há duas casas de separação porque uma não pode acompanhar a outra é frustrante. Talvez não seja essa a melhor palavra, mas é algo que complica o jogo e o torna melhor. De jogos fáceis estão as lojas online cheias, um jogo que apresenta um certo nível de cálculo é uma lufada de ar fresco.
Um ponto negativo é o grafismo, algo pode ser simples e bonito, como uma mulher bem maquilhada, não se vê que está ali muito trabalho, Free the Blobs, parece que saiu da cama e nem se penteou.
Como em grande parte dos jogos mobile para android e ios, existe uma demo grátis de 15 níveis para testar. Aconselho que comecem por aí e depois vejam se vale a pena comprar.
Free the Blobs é o meu novo amigo do metro, acompanha-me duas vezes ao dia pelo menos, e já me fez puxar pela cabeça mais que muitos jogos com o triplo do preço.