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Estaremos a falar de Cybill Shepherd, com quem o actor contracenou em Moonlighting (Modelo em Detective em Portugal)? Ou Demi Moore, com quem foi casado e que preencheu as nossas mentes adolescentes com toda a sua lascividade? Não, estamos a falar de um mecha armado até aos dentes. “Mas para quê?” diriam, seguidos de um “És estúpido! Não será um bocado overkill apenas para derrotar esse genial vilão Hans Gruber, interpretado pelo malogrado e igualmente genial Alan Rickman?”. Não, dir-vos-ei eu. E remato com duas palavras “aster” e “oides”.

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Depois dos seres humanos se extinguirem, alguma raça alienígena há de escavar a nossa História, e algum adolescente de outro planeta tenha, por obrigação do seu arcaico Sistema de Ensino, de fazer um trabalho de casa sobre a década de 1990 d.C. e do Powerpoint mal-amanhado que daí advirá, decerto que uma daquelas baladas de fazer chorar as pedras da calçada escritas pela Diane Warren servirá de Banda-Sonora. Ainda que a probabilidade de uma dessas baladas seja cantada pela “minha” Céline Dion ser menor, quase de certeza que o “I don’t want to miss a thing” dos Aerosmith vai ser a escolha mais óbvia.

O Homem contra o asteróide, ou no caso do filme Armageddon, o Bruce Willis, o tipo que anda a namorar com a filha dele e mais uns quantos tipos versus um pedaço de rocha gigante que está em rota de colisão com o planeta. Muita choradeira pelo caminho, o sacrifício do protagonista e o final feliz que os disaster movies tanto pediam.

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Os primeiros minutos em Stardust Galaxy Warriors colocaram a boca do Steven Tyler a cantar-me aos dois ouvidos em simultâneo “I don’t wanna close my eeeeeyes” enquanto destruía dezenas de asteróides com os canhões e a espada do meu mecha. “Pinérs” diria o treinador do meu clube, se imaginasse o quanto o trabalho do Bruce Willis teria sido simplificado em Armageddon se pudesse por as mãos num destes brinquedos. Se assim fosse o filme do Michael Bay não seria uma longa-metragem e resumir-se-ia a:

– Hey Bruce, vem aí um asteróide que vai destruir toda a vida na Terra!

– Sem problema, responde, a entrar para o cockpit do mecha.

O filme faz fade-to-explosion (afinal trata-se de um filme do Bay) e o asteróide é pulverizado. Pumba, e assim se faria um disaster movie em 30 segundos, 20 deles de explosão.

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Stardust Galaxy Warriors: Stellar Climax tem este charme, de nos por nos níveis iniciais a disparar contra chuvas de asteróides, alguns deles com canhões acoplados, porque nada brada “destruição” mais alto do que asteróides a dispararem lasers contra nós.

Um side scroller shoot’em up velha guarda (parece que este é o mês deles) com a possibilidade de juntarmos mais três jogadores à refrega. Customizar cada um dos nossos mechas e ir para o espaço sideral desviar de saraivadas de tiros como o Presidente-eleito Trumo se desviou na campanha de responder de forma eficaz às perguntas que lhe foram colocadas, aproveitando também para disparar e destruir tudo o que mexe e o que não mexe, como, adivinhem, o Presidente-Eleito Trump  durante a campanha, a falar mal de tudo e de todos.

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Com tantos jogos a recorrerem de forma quase obsessiva ao online, ver jogos como este Stardust Galaxy Warriors a levar-nos de volta para o sofá com amigos é uma mais valia. Destruir as sequências de meteoros e asteróides iniciais para começarmos a ser bombardeados (literalmente) por milhentas naves que nos querem reduzir a destroços.

Muitos upgrades, muita customização, e muita, muita diversão com os amigos ao lado. O que é coisa boa para se ter, especialmente se a vida real se aproxima tanto de um disaster movie, que quase que temos saudades dos anos 1990, quando tínhamos alguém de nome Clinton na Casa Branca.